Salvador, 21 (AE) - O compositor Vivaldo Jesuíno de Souza, o Panela, de 55 anos, morreu de enfarte durante um show ontem (20) à noite no Pelourinho, em Salvador. Panela era um dos mais representativos sambistas da velha guarda baiana, formada também por Batatinha, Riachão, Nelson Rufino e Tião Motorista.
Panela passou mal quando participava de uma apresentação em homenagem ao amigo Batatinha, falecido em 97. Chegou a ser levado ao Hospital Geral do Estado, mas não resistiu.
O compositor Edil Pacheco, amigo de Panela, lembrou que o sambista foi um dos mais criativos de sua geração, embora nunca tivesse o talento reconhecido pela mídia. Gravou apenas um disco, na década de 70, "Sambas da Bahia", em conjunto com Batatinha e Riachão. Suas músicas de maior sucesso foram "Não suje o meu caixão" e "O patrão é meu pandeiro", esta última gravada pelos "Novos Baianos". O sambista Roberto Ribeiro também gravou algumas músicas do compositor.
Boêmio, corretor de imóveis na horas vagas, Panela sobrevivia fazendo shows, o que mais gostava. Seu corpo foi sepultado hoje à tarde no Cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador.