Risco de terrorismo faz Marinha brasileira reforçar segurança
PUBLICAÇÃO
domingo, 21 de outubro de 2001
José Maria Tomazela<br> Agência Estado
Os ataques terroristas nos Estados Unidos levaram a Marinha a reforçar a segurança do Centro Tecnológico Aramar, em Iperó, a 130 quilômetros de São Paulo. A unidade tem em operação, desde a década de 80, uma usina de enriquecimento de urânio, e desenvolve o projeto do submarino nuclear brasileiro. Dois novos postos de observação foram construídos em pontos estratégicos do terreno. Outros dois postos avançados estão sendo instalados. Fuzileiros navais usam binóculos para vigiar a área, isolada com cercas duplas de arame farpado.
Sentinelas motorizadas fazem a vigilância permanente das instalações. A Marinha acaba de instalar um moderno sistema de monitoramento aéreo, que possibilita a identificação de aeronaves que se aproximam do centro. O espaço aéreo da unidade nuclear está fora da rota de aviões.
O aparelho fornece altitude, velocidade, rota e detalhes técnicos de avião ou helicóptero que se aproxime do centro. Também foi reforçada a vigilância dos comboios terrestres que transportam o urânio enriquecido para as usinas de Angra I e II no Rio de Janeiro. Segundo a administração, as medidas de segurança fazem parte das exigências da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e visam o licenciamento das instalações para a instalação de um reator nuclear. O prédio que abrigará esse equipamento, um protótipo do que será usado no submarino nuclear, está em obras.