RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou nesta segunda (1º) um plano de desconfinamento em seis etapas que será implementado a partir de terça (2) na capital fluminense.

Segundo Crivella, que comemorou o fim da fila para leitos de UTI no município, prolongar o afastamento social tem levado a um aumento de mortes por outras doenças que necessitam de atendimento médico.

Para o prefeito, o isolamento tem feito com que pessoas que necessitam de tratamento em hospitais não procurem ajuda. "É muito importante que estejamos preocupados com outras comorbidades", disse.

A Secretaria Municipal de Saúde informa que há 34 pessoas internadas em unidades da rede SUS aguardando transferência para leitos dedicados à Covid-19, sendo que, destes, 17 aguardam vaga para leitos de UTI.

Em toda a rede SUS da cidade do Rio, são, nesta segunda (1º), 1.860 pacientes internados com suspeita de Covid, sendo 694 em UTI. A taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 é de 87%.

Em todo o estado, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde, a taxa de ocupação em leitos de UTI é de 86%.

A partir da publicação do decreto, a cidade do Rio entra na fase 1 do plano de desconfinamento, chamado Programa Rio de Novo. O plano detalha quais atividades poderão ser retomadas e sob quais regras.

Segundo a prefeitura, a ideia inicial é avançar etapas a cada 15 dias, a partir do monitoramento de dados como a capacidade de resposta do sistema de saúde e o nível de transmissão do novo coronavírus.

Na fase 1, atividades físicas individuais ao ar livre ficam liberadas nos calçadões das praias e no mar, assim como em parques. Os centros de treinamentos esportivos poderão funcionar sem imprensa e sem público.

Na fase 2 (sendo a 6 a mais avançada no desconfinamento), competições esportivas serão liberadas sem público. Também nesta fase os shoppings poderão ser reabertos, com controle de número de pessoas e um terço das vagas de estacionamento, funcionando das 12h às 20h.

Na fase 3, as lojas de rua poderão ser abertas, assim como restaurantes, que poderão funcionar com 50% das mesas, e academias e salões de beleza, sob agendamento.

A fase 3 prevê ainda a reabertura de creches municipais para crianças a partir de dois anos e das escolas de ensino fundamental 2, da 5ª à 9ª séries.

"Hoje, prolongar o afastamento pode trazer benefícios para a Covid mas traz prejuízos para a população que está falecendo de outras comorbidades, casos urgentes que precisam voltar ao tratamento", disse Crivella.