Faixa de Gaza, 03 (AE-ANSA) - A reunião de cúpula realizada nesta quinta-feira (03) entre o primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat, terminou sem nenhum resultado, com a constatação de uma crise no processo de paz palestino-israelense e no adiamento de prazos trabalhosamente fixados nos últimos meses.
O encontro, cujo objetivo era acabar com o impasse em que se encontram as negociações sobre o status definitivo dos territórios palestinos ocupados, terminou com o início de uma nova crise.
O gabinete de Barak anunciou que não poderá cumprir o prazo estabelecido para o próximo dia 13 de fevereiro para a conclusão de um pré-acordo no qual seriam estabelecidos os princípios para um acordo definitivo sobre o status político permanente de Cisjordânia e Gaza.
O novo atraso, dizia um comunicado distribuído à imprena pela presidência de governo israelense, se deve aos contrastes existentes entre Israel e ANP manifestados na reunião de hoje em Erez.
Em uma intervenção ante a direção do Partido Trabalhista, Barak explicou, em sua fracassada reunião com Arafat, que Israel rechaçou a petição do líder palestino de que pelo menos um dos dois povoados da periferia de Jerusalém passasse para total controle palestino.
O primeiro-ministro israelense declarou-se convencido de que "o problema se resolverá porque está no comum interesse das partes chegar a uma solução".
Após duas horas e meia de reunião, Arafat e seus colaboradores abandonaram a mesa de negociações e a entrevista coletiva conjunta dos dois líderes foi apressadamente cancelada.
O chefe da delegação palestina, Yaser Abed Rabbo, declarou que "as negociações se encontram em um estado de crise" enquanto o porta-voz Nabil Abu Rudeina explicou que não houve "nenhum progresso sobre medidas transitórias nem sobre a negociação para o status definitivo" de Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.