O Sinttrol (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Londrina) e as empresas de ônibus que operam na cidade, a TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina) e a Londrisul estão neste momento, na tarde desta segunda-feira (7), em uma reunião de negociação na CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) para decidir sobre a possibilidade de nova paralisação dos serviços de transporte coletivo na cidade.

Caso o movimento paredista seja inevitável, seria a terceira greve do ano.
Caso o movimento paredista seja inevitável, seria a terceira greve do ano. | Foto: Gustavo Carneiro/Grupo Folha

Caso o movimento paredista seja inevitável, seria a terceira greve do ano, já que os funcionários que atuam no transporte urbano pararam por quase quatro dias pelo atraso no adiantamento salarial em janeiro. No dia 9 de abril houve nova paralisação, desta vez de cinco dias, decorrente do atraso do pagamento de salário referente a março, que deveria ter sido creditado no quinto dia útil, e também pelo compromisso de pagar o adiantamento salarial até o dia 22, além do pedido de retomada das negociações salariais de 2021 a partir do final daquele mês, de não descontar os dias parados e de desistir das ações impetradas pelas empresas e Sinttrol na Justiça e que envolvem a manifestação.

No dia 2 deste mês, o Sinttrol realizou assembleia que definiu pela greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (8). Para que a greve cumprisse os ritos legais, o Sinttrol precisou comunicar com a antecedência mínima de 72 horas a prefeitura e as empresas de ônibus, o que já teria sido feito.

As empresas, por meio de seus gestores, afirmam que a pandemia gerou desequilíbrio financeiro, e os representantes das empresas propuseram a remoção do PPR (Programa de Participação de Resultados), o que o Sinttrol rejeitou. Os gestores das empresas alegam que vêm mantendo a operação do sistema com recursos financeiros por meio de empréstimos.

A reportagem tentou conversar com representantes dos trabalhadores e das empresas, mas eles afirmaram que só iriam se pronunciar quando a reunião terminasse. A assessoria de imprensa da CMTU afirmou que não iria se manifestar sobre o assunto.