Brasília, 04 (AE) - As reservas internacionais voltaram a cair no primeiro dia útil do ano e ficaram em US$ 35,451 bilhões no conceito de liquidez internacional. O Banco Central (BC) explicou que a nova redução foi provocada pelo pagamento de US$ 910 milhões de juros e principal da dívida com os credores privados externos do País que detêm os Interest Due Unpaid (IDU). Em dois dias seguidos, as reservas sofreram uma queda de US$ 1,377 bilhão.
A tendência de queda, no entanto, poderá ser revista amanhã (05) com o ingresso de aproximadamente US$ 800 milhões da liquidação da operação de compra de dólares do leilão a termo de câmbio feito pelo BC no mês passado. No próximo dia 10, o BC receberá mais US$ 500 milhões das compras feitas por meio do leilão a termo, que também serão agregados às reservas internacionais. Esta reversão, no entanto, poderá ser anulada em parte pela venda de dólares no mercado a vista realizada hoje pelo BC, quando a taxa de câmbio atingiu os R$ 1,86.
O valor da venda, no entanto, só impactará as reservas desta quarta-feira (05). Isto acontecerá porque estas operações de venda de dólares feitas pelo BC só são liquidadas em dois dias. Apesar destes fatos, o BC considera que ainda há muita folga em relação ao pisos das reservas líquidas acertado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para janeiro. O piso, de acordo com o BC, é de US$ 18,3 bilhões. No último dia do ano passado, as reservas líquidas estavam em US$ 24 bilhões.