Washington, 03 (AE-DOW JONES) - A rejeição de sementes transgênicas por parte dos agricultores norte-americanos está surpreendendo os executivos das companhias de biotecnologia. Empresas como Monsanto, Novartis e Du Pont esperavam que a controvérsia sobre essas sementes estabilizasse as vendas. Não imaginavam, no entanto, que as vendas caíssem depois de anos de vendas favoráveis.
Depois de três anos de grandes compras de sementes transgênicas, os produtores dedicarão uma porcentagem menor de seus plantios às sementes de milho e soja modificados, de acordo com perspectivas de plantio para esta safra. Tem contribuído para a rejeição o fato de empresas como a Frito-Lay, uma unidade da Pepsi Company, ter pedido aos seus fornecedores de milho que parem de usar sementes geneticamente modificadas. Outras indústrias, de comida para bebê, alimentos vegetarianos e orgânicos, por exemplo, têm proibido ingredientes geneticamente modificados na formulação de seus produtos.
Segundo relatório de Perspectiva de Plantio, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em 2000, 52% dos plantios de soja foram feitos com algum tipo de semente geneticamente modificada nos oito maiores estados produtores dos EUA. Em 1999, foram 57% dos plantios. Os plantios de milho com sementes transgênicas devem cair 24%. Os plantios de algodão com sementes modificadas nos cinco maiores estados produtores devem ficar em 48% do total da área plantada, ante 55% em 1999.