O aumento de casos e de mortes por Covid-19 no país recentemente mostrou que a pandemia não acabou. No entanto, diferente do que ocorreu em 2020 e 2021, os números estão controlados graças a vacinação. Esse cenário nos traz possibilidades que outrora não havia, como a chance de nos encontrarmos e interagirmos.

Imagem ilustrativa da imagem Reencontros que valem ouro: 4º Encontro Estadual de Parques Tecnológicos
| Foto: Lucas V. de Araujo

Há poucos dias participei da 4ª Edição do Encontro Estadual de Parques Tecnológicos do Paraná, iniciativa do Sistema Estadual de Parques Tecnológicos (Separtec), no âmbito da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa) e da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Reencontrei grandes amigos, como o secretário executivo do Separtec, José Maurino de Oliveira Martins; o coordenador da Câmara Temática Universidade & Empresa do Separtec, professor Zaki Akel Sobrinho, ex-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR); e a professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e assessora de relações institucionais da Fundação Araucária Cristianne Cordeiro; pude conhecer pessoalmente o ex-presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), professor José Aranha; e ainda tive a oportunidade de presentear o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, professor Aldo Bona, com um livro meu, fruto da minha tese de doutorado.

A cada reencontro, em cada conversa, um aprendizado. No universo da inovação e do empreendedorismo, a troca de informações é ingrediente mais que básico: necessário. É desta forma que se aprende, que se entende o contexto, e que se encontra possíveis soluções. Os encontros virtuais, durante a fase mais difícil da pandemia, foram deveras valiosos, porém, não tinham o mesmo efeito. Seja pela questão psicológica, de nos sentirmos distantes e isolados uns dos outros, seja pela fragilidade imposta pela pandemia, seja porque a tecnologia nunca vai substituir o olho no olho, o aperto de mão, a conversa despretensiosa na hora do cafezinho e do coffee break.

Pelo que pude depreender do evento, o ecossistema de inovação paranaense cresceu muito nos últimos anos. Em cada região estão estruturados grupos regionais que congregam empresas privadas, universidades, notadamente as estaduais, e entidades governamentais atuando na liderança dessas ações. Vi com entusiasmo, por exemplo, a governança na região oeste com Iguaçu Valley, onde é notório o quanto a integração entre os entes do Modelo Triplo Hélice já trouxe significativos resultados.

Vale a pena destacar também o êxito do Separtec, em consonância com a Seti e Sefa, em integrar e buscar sinergias com prefeituras, entidades do terceiro setor, empresas privadas, instituições de ciência e tecnologia, organismos de âmbito municipal, estadual e federal, e ministérios. Essa triangulação é um trabalho formiguinha que traz os resultados mais significativos. Que possamos nos reencontrar. Para o bem da inovação e da mudança ;)

*Lucas V. de Araujo: PhD e pós-doutorando em Comunicação e Inovação (USP). Professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), parecerista internacional e mentor Founder Institute. Autor de “Inovação em Comunicação no Brasil”, pioneiro na área.