A Receita Federal apreendeu 600 kg de maconha que estavam sendo enviados do Paraná para São Paulo (SP) e Fortaleza (CE). Segundo Marcos Luchiancenkol, da Delegacia da Receita Federal de Maringá, o que chamou a atenção é que na nota fiscal contava que a carga era de castanha de cajú com destino a Fortaleza (CE). “Isto estava diferente, porque o Paraná não é um estado exportador de castanha de cajú, e a carga ia para Fortaleza (que fica mais próximo de locais que produzem a castanha)”, destacou Luchiancenkol.

A Receita Federal apreendeu 600 kg de maconha que estavam sendo enviados do Paraná para São Paulo (SP) e Fortaleza (CE).
A Receita Federal apreendeu 600 kg de maconha que estavam sendo enviados do Paraná para São Paulo (SP) e Fortaleza (CE). | Foto: Divulgação/Receita Federal

Ele explicou que diariamente a fiscalização da Receita Federal e sua inteligência cruzam dados das informações das notas fiscais com a movimentação de veículos, de cargas de transportadoras, e sempre que identificam alguma coisa suspeita uma equipe vai ao local verificar a carga.Na quarta-feira (9) o pessoal da Receita Federal de Cascavel identificou uma remessa dessas e foi até a transportadora e constatou que era uma carga de 400 kg de maconha”, apontou Luchiancenkol.

CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES

Por meio de sistemas de gerenciamento de risco, a Receita Federal cruzou as informações para checar se havia outra carga que havia sido enviada por essa mesma empresa e verificou-se que o mesmo remetente enviou outro carregamento de Maringá, por meio de uma transportadora. Foram identificados 13 volumes com cerca de 200 kg de maconha que estavam misturadas a outras cargas. Os dois despachos possuíam o mesmo endereço, de Cascavel.

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“A carga seria de um cliente da transportadora. A princípio o pessoal da transportadora não está envolvido e está de boa fé. A transportadora apresentou a nota fiscal, mas o conteúdo era diferente do que estava escrito no documento”, ressaltou Luchiancenkol.

INVESTIGAÇÃO CONTINUA

Por enquanto, ninguém foi preso. Ainda não se sabe a origem da droga. “A investigação continua. A prova será encaminhada para a Polícia Civil com os dados que colhemos e ela deve identificar quem é o remetente de fato, quem fez realmente o despacho e se o endereço é real.”

Ele ressaltou que as imagens de câmeras serão analisadas para identificar quem despachou a mercadoria. “Em Maringá, esse tipo de carga com drogas não tem sido apreendido. Isso tem ocorrido mais nos portos de Paranaguá (Litoral) e Itajaí (SC). Há uma possibilidade de que eles estejam testando esse novo tipo de forma de envio. Essa é uma informação que a investigação vai ter de levantar para que as forças de segurança coibam esse tipo de atividade”, apontou.

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