Os alunos bolsistas da UEL (Universidade Estadual de Londrina) já começaram a receber os novos valores atualizados por meio da Fundação Araucária. O reajuste equipara o valor pago pelo estado ao que é ofertado pelo governo federal.

O reajuste equipara o valor pago pelo estado ao que é ofertado pelo governo federal
O reajuste equipara o valor pago pelo estado ao que é ofertado pelo governo federal | Foto: José Fernando Ogura/AEN

Os reajustes variam de R$ 200 para alunos da graduação que participam de projetos de iniciação científica, de extensão e de inclusão social; a R$ 225 e R$ 350 para estudantes de cursos de mestrado e doutorado, respectivamente.

Eduardo de Almeida Araújo, diretor de Pesquisa da PROPPG (Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação), explica que as bolsas da Fundação Araucária tiveram uma primeira atualização do valor, após sete anos, em agosto de 2022. Já neste ano, o governo federal reajustou o valor das bolsas ofertadas por meio da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

A UEL conta com 1.400 alunos bolsistas do governo federal, sendo 550 de doutorado, 453 de mestrado e o restante estudantes de graduação que participam de projetos de iniciação científica e iniciação extensionista.

Em maio, a Fundação Araucária anunciou o novo reajuste para equiparar o valor da bolsa ao pago pelo governo federal. A bolsa de iniciação científica, iniciação extensionista e inclusão social era de R$ 500 e passou para R$ 700; a de mestrado era de R$ 1.875 e passou para R$ 2.100; já a de doutorado era de R$ 2.750 e passou para R$ 3.100.

De acordo com Araújo, os novos valores começaram a ser pagos neste mês de junho. Por meio da Fundação Araucária, a UEL conta com 358 estudantes bolsistas, sendo 177 de iniciação científica, 63 de iniciação extensionista, 118 de inclusão social, 17 bolsas de mestrado e 5 de doutorado.

Na graduação, há três modalidades de bolsa: iniciação científica para alunos que participam de projetos de pesquisa; iniciação extensionista para alunos que participam de projetos como cursos e eventos voltados ao compartilhamento do conhecimento científico com a sociedade; e a de inclusão social, que é específica para alunos que entraram na universidade por meio do sistema de cotas.

Para as bolsas de inclusão social, as inscrições estão abertas e podem ser feitas até às 17 horas desta quarta-feira (14) através do link: http://www.uel.br/inclusaosocial/. O resultado será divulgado no dia 10 de julho, a partir das 17 horas. Os alunos deverão, em conjunto com um professor/orientador, apresentar um projeto de ensino, pesquisa ou extensão. A bolsa tem validade de 12 meses.

Araújo explica que a bolsa serve como um salário para os estudantes pesquisadores, já que eles não podem ter outra atividade remunerada. “São pessoas que ficam exclusivamente dentro da universidade, seja cursando disciplinas, participando de projetos, escrevendo a dissertação e a tese. No total, são 40 horas semanais participando de atividades dentro da universidade e, por isso, eles não podem ter vínculo trabalhista ou qualquer outro tipo de remuneração”, ressalta.

O diretor de Pesquisa da PROPPG enumera que, atualmente, a UEL conta com 1.580 programas e projetos de extensão, de prestação de serviço, de pesquisa e de inovação, que envolvem mais de dois mil professores e mais de nove mil estudantes, tanto bolsistas quanto não bolsistas. Na pós-graduação, são 49 cursos de mestrado e 33 de doutorado.

Aluna do segundo ano de Jornalismo, Geovanna Ferreira, 19, que é de Ourinhos (SP), é bolsista de iniciação científica desde agosto do ano passado. Por conta da dedicação exclusiva, ela conta que o reajuste ajuda, ainda mais agora que precisa comprar materiais para o curso.

“Sendo bem sincera, acredito que a ajuda que esse valor representa dependerá da situação de cada bolsista. Independentemente se for alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado, cada um tem a sua realidade. Falando da minha, acredito que esse aumento ajudou um pouco mais pelos meus custos em Londrina”, afirma.