Cerca de 69 milhões de brasileiros ainda não receberam a dose de reforço da vacina contra a covid-19. A Rede Nacional de Dados em Saúde mostra ainda que mais de 30 milhões de pessoas não receberam a segunda dose do reforço, enquanto 19 milhões de pessoas não buscaram sequer a segunda dose do esquema vacinal primário.

Em Londrina foram aplicadas 1.431.102 doses na cidade. Desse total, 460.734 doses foram da Astrazeneca, 268.963 da Coronavac, 83.910 da Janssen e 617.495 da Pfizer. Por tipo, 491.190 receberam a primeira dose em Londrina (34,32%), 458.373 receberam a segunda dose (32,03%), 316.901 receberam a dose de reforço (22,14%), 141.559 receberam a segunda dose de reforço (9,89%), 13.227 receberam dose única (0,92%) e 9.852 receberam a dose adicional (0,69%) na cidade. A reportagem tentou entrevistar algum representante da pasta de saúde de Londrina, mas a assessoria de imprensa da prefeitura informou que o secretário Felippe Machado estava em Curitiba, em reunião com o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, para tratar exatamente sobre esse assunto e iria se pronunciar posteriormente.

Segundo o Vacinômetro Nacional do Ministério da Saúde, desde o início da vacinação contra a Covid-19, o Paraná já registrou 28.444.474 doses aplicadas, sendo 10.227.649 primeiras doses (35,96%), 9.433.464 segundas aplicações (33,16%), 339.628 doses únicas (1,19%), 6.327.426 primeiras doses de reforço (22,24%), 1.656.458 segundas doses de reforço (5,82%) e 459.849 doses adicionais (1,62%). Os dados foram atualizados no dia 3 de janeiro.

Orientação

Beto Preto destacou para a importância de estar com o calendário vacinal contra a Covid-19 atualizado. “Orientamos as pessoas a se protegerem o quanto antes, pois ainda existe um tempo até que a vacina atue completamente no sistema imunobiológico. Iniciar 2023 com as doses em dia, trará mais tranquilidade e proteção contra a doença”, reforçou.

“Não deixamos faltar vacina para nenhum paranaense. Assim que as doses chegam, encaminhadas pelo Ministério da Saúde, nossas equipes organizam a logística desses imunizantes. Continuamos com esse trabalho em 2023 e contamos com a mobilização de todos para que essas doses sejam aplicadas na população”, finalizou.

Esta semana, a recém-empossada ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que a pandemia não acabou e também reforçou a importância de se completar o esquema vacinal contra a doença. “A pandemia mostrou a nossa vulnerabilidade. O rei está nu. Precisamos afirmar, sem nenhuma tergiversação, e superar essa condição”, disse, ao destacar que o país responde por 11% das mortes por covid-19 no mundo, apesar de representar 2,7% da população global.

Segundo a pasta, estudos científicos revelam que a proteção vacinal desenvolvida contra a Covid-19 é mais alta nos primeiros meses, mas pode apresentar redução. Com a dose de reforço, a proteção contra o vírus volta a ficar elevada. Por isso, a proteção adicional é considerada indispensável. “Neste cenário, o Ministério da Saúde ressalta que é fundamental buscar uma unidade de saúde mais próxima para atualizar a caderneta de vacinação contra a covid-19 e outras doenças.”

Cobertura vacinal

Até o momento, 169,039 milhões de pessoas tomaram a segunda dose ou a dose única da vacina contra a covid-19 no Brasil, representando 81,26% da população. Quanto à primeira dose de reforço, 102,596 milhões foram aplicadas. Já a segunda dose de reforço - ou dose adicional - soma 45,3 milhões de aplicações.

Com o fim da emergência sanitária no Brasil, clínicas e empresas privadas poderão adquirir vacinas contra a covid-19 sem necessidade de doação ao SUS (Sistema Único de Saúde), no entanto, nenhuma clínica de Londrina realizou a aquisição do medicamento para oferecer a seus clientes até o momento, possivelmente esperando que seja liberada a possibilidade das clínicas particulares adquirirem novas opções de vacina além da AstraZeneca, única liberada até o momento.

Caso as clínicas londrinenses decidam pela oferta de doses da AstraZeneca fora do SUS, elas não serão disponibilizadas em livre demanda. Ou seja, atenderão às mesmas diretrizes do Ministério da Saúde. Pessoas acima de 18 anos estão aptas a tomar a primeira e as segunda dose. A terceira dose está disponível para todos acima de 18 anos, após quatro meses da segunda dose da vacina, independentemente do esquema primário. A quarta está seguindo o PNI (Programa Nacional de Imunização) e apenas pessoas acima de 50 anos podem ser imunizadas ou aqueles que estão nos grupos prioritários. Grávidas, puérperas, crianças e adolescentes não estão previstos na vacinação em clínicas particulares, por conta das contraindicações da AstraZeneca.

Para o controle integrado entre a rede pública e a privada, o Ministério da Saúde disponibilizou para os gestores de clínicas o portal do SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações) e do SCPA (Sistema de Cadastro e Permissão de Acesso). Ambos possibilitarão a gestão de informação de doses de campanha. (Com Agência Brasil e Agência Estadual de Notícias)

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