Dois ônibus foram incendiados na noite desta segunda-feira (17) em Londrina por manifestantes que protestaram contra a morte de dois jovens, baleados por policiais militares no último sábado (15). Em resposta à destruição dos carros, a TCGL e a TIL/TCR, as duas empresas que fazem o transporte coletivo urbano na cidade, recolheram todos os ônibus para as garagens e avaliarão, na manhã de terça-feira (18) se há segurança para retomar o serviço.

O primeiro ônibus, da TCGL, que fazia a linha 103 (Santa Fé), foi incendiado na Rua Ernesta Galvani dos Santos, no jardim Marabá, zona leste da cidade, e ficou destruído. Ninguém ficou ferido. O outro veículo, da TIL/TCR, acabou parcialmente danificado em ação na avenida Leste-Oeste, próximo ao Terminal Central. Não houve feridos.

Policiais militares de Curitiba devem chegar na madrugada desta terça-feira, em Londrina, para reforçar a segurança na cidade.

Ônibus incendiado na zona leste de Londrina
Ônibus incendiado na zona leste de Londrina | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A assessoria de imprensa da CMTU confirmou que não há ônibus circulando na cidade de Londrina na noite desta segunda-feira e que o retorno do serviço, na manhã de terça-feira, deve se dar a partir das seis horas, dependendo das condições de segurança para que os carros voltem a circular com passageiros.

Na UEL, estudantes que saíram da aula à noite e que não sabiam do problema relataram que esperaram muito tempo pelo ônibus e depois apelaram pelo Uber, que também demorou para atender e o valor das corridas tiveram um aumento considerável.

Entenda o caso

Os protestos pelas mortes dos dois jovens começaram a ser realizados na tarde de segunda-feira em cinco locais diferentes da cidade e por volta das 20 horas haviam pontos de manifestação em todas as regiões de Londrina. Várias vias importantes foram fechadas pelos manifestantes.

Os jovens

Um adolescente de 16 anos e um empresário, Wender da Costa, 20, dono de um lava jato, foram mortos, de acordo com as informações da PM, dentro de um veículo que teria sido usado para furtos em residências. Ainda segundo a polícia, eles teriam apresentado resistência à abordagem e estariam armados.

Familiares e amigos dos jovens refutaram os argumentos da Polícia Militar e disseram que eles estavam trabalhando no lava jato no sábado e não teriam participado dos furtos.