Um projeto-piloto irá criar o atendimento por telemedicina em Londrina para atendimentos primários. Denominado UPA Online, o serviço foi desenvolvido pela Near Telemedicine, e viabiliza o atendimento médico "online" e estará disponível desde agora para os londrinenses em caráter experimental por 30 dias.

Ricardo Cabral Neto, médico e gestor da empresa, informou que a companhia já atende pelo sistema há dois anos. A entrada para esse serviço é por um número de WhatsApp disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde, pelo qual a pessoa insere seus dados e sintomas e uma equipe de enfermeiras faz a primeira triagem. Dependendo dos sintomas, o paciente é encaminhado ao atendimento médico online da plataforma, feito por um link à parte, para proteger os dados do cidadão.

“Decidimos utilizar o WhatsApp porque é uma forma que as pessoas podem utilizar mesmo que o plano de dados não tenha mais recursos financeiros e democratiza ainda mais esse acesso. A pessoa entra em contato com um número específico da Secretaria Municipal de Saúde e haverá uma equipe de enfermeiros e médicos que realizará o atendimento."

O atendimento médico, a depender do horário do dia ou da noite pode levar de 20 minutos a 40 minutos pelo médico que está de plantão na urgência.
O atendimento médico, a depender do horário do dia ou da noite pode levar de 20 minutos a 40 minutos pelo médico que está de plantão na urgência. | Foto: Emerson Dias - N.Com

De acordo com o fluxo da triagem o paciente será encaminhado para uma consulta presencial ou terá alta direta, ou a prescrição de alguns medicamentos e exames para avaliação complementar que pode ser pelo atendimento virtual novamente, pelo médico que atendeu anteriormente.” Segundo ele, o primeiro atendimento com a equipe de enfermagem ocorre em poucos minutos, e o atendimento médico, a depender do horário do dia ou da noite pode levar de 20 minutos a 40 minutos pelo médico que está de plantão na urgência.

A empresa chegou a atender 14 milhões de pessoas e pacientes de estados inteiros. “No último ano o esforço foi para o mercado privado, mas retomamos e impulsionamos essa oferta ao governo e sistema público de saúde para oferecer os recursos e tecnologia em saúde à sociedade não assistida pelos planos privados.” Ele explicou que o valor do contrato tem diversas variantes. “Pode ser por volumetria de atendimento, pode ser por cabeça, ou por grupos e gatilhos de atendimento, pelo qual é realizado o incremento progressivo”, apontou. Ele ressaltou que no período de teste, por 30 dias a plataforma será sem ônus para a prefeitura. Ele explicou que a contratação definitiva depende de um processo licitatório, pelo qual é lançado o preço base de R$ 1 por cabeça e pode chegar a R$ 5 por atendimento. Durante os 30 dias a expectativa é de que a plataforma realize 17 mil atendimentos por mês. Como base comparativa, cada UPA de atendimento presencial de Londrina realiza aproximadamente 16 mil atendimentos por mês.

Cabral Neto explicou que não existe limitação de grupamento demográfico. “Todo cidadão pode buscar esse atendimento. A telemedicina se encaixa melhor para pacientes de baixo risco, aqueles que não tem acesso ao médico e nem acesso a equipamentos. Existe uma série de especialidades médicas beneficiadas pela telemedicina, como a ortopedia crônica não aguda por trauma, psiquiatria, psicologia e clínica médica que tem resolutividade maior. Ela é indicada em casos gripais, cefaleia, casos pediátricos, dermatológicos e de dor crônica. No caso da traumatologia, é necessário o contato presencial direto para se fazer uma avaliação diferente”, apontou.

O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, afirmou que o projeto-piloto foi viabilizado por 30 dias pelo edital de inovação da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), pelo qual a empresa firma uma parceria com o poder público para testar sua ferramenta em grandes centros. “É uma inovação que traz a telemedicina para consolidar a ferramenta implantada com o advento da pandemia, que a partir de hoje o londrinense tem acesso de forma simplificada. O objetivo é desafogar os atendimentos presenciais nas unidades de pronto atendimento, em especial os casos mais leves, mais simples que nós acabemos identificando e representam acima de 70% da demanda diária. O serviço já está disponível e vamos monitorar durante esses 30 dias. Vamos analisar os indicadores e decidir em relação à continuidade", apontou.

O prefeito Marcelo Belinati reforçou que a telemedicina evoluiu muito na pandemia. “Os maiores convênios de saúde têm utilizado essa ferramenta para dar mais conforto para que as pessoas sejam atendidas em sua casa, sem a necessidade de ficarem no pronto atendimento. É uma forma eficiente de conciliar as duas categorias de atendimento. O objetivo da plataforma "online" são os casos mais simples, uma coceira no corpo, uma dor de garganta, uma febre. Esse atendimento pode finalizar dando a receita, dando um atestado médico e, caso ache que deva uma interligação entre as unidades de atendimento 24 horas, será encaminhado para fazer um exame de sangue ou um exame de raio- x ou fazer uma avaliação presencial.”

O serviço terá suporte para Libras (Língua Brasileira de Sinais). Para quem não puder digitar o texto é possível encaminhar mensagem de áudio ou vídeo.

Para acessar o serviço da UPA On Line Londrina a pessoa deve enviar uma mensagemn por WhatsApp para o número 21 97299-4203
Para acessar o serviço da UPA On Line Londrina a pessoa deve enviar uma mensagemn por WhatsApp para o número 21 97299-4203 | Foto: Divulgação - N.Com

Serviço:

UPA On Line Londrina

WhatsApp: 21 97299-4203

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