A destruição de galerias pluviais, queda da calçada e de parte da pista de rolamento da rua Raja Gabaglia, no Jardim Quebec (área central), se tornou um dos maiores desafios para a Secretaria de Obras de Londrina. Localizado no entorno de um dos fundos de vale mais centrais da cidade, o Vale Verde, vários trechos apresentam uma série de problemas de erosão relacionados às forças das águas pluviais. Um dos pontos teve uma parte da calçada da área de lazer destruída e parte da pista da via também está danificada, o que obrigou a instalação de barreiras de concreto para evitar acidentes, além de cavaletes e outras sinalizações. Um pedestre desavisado, no entanto, pode correr o risco de sofrer um acidente.

O médico e ex-vereador Roberto Kanashiro, que mora em frente à erosão, afirmou que o problema não é recente
O médico e ex-vereador Roberto Kanashiro, que mora em frente à erosão, afirmou que o problema não é recente | Foto: Gustavo Carneiro/Grupo Folha

O médico e ex-vereador Roberto Kanashiro, que mora em frente à erosão, afirmou que o problema não é recente. “Eu moro aqui desde 1984 e aconteceram pelo menos três episódios relacionados às fortes chuvas. Depois que mudei para cá, já vi abrir uma cratera de 10 metros de diâmetro e 8 metros de profundidade.”

Ele relatou que a erosão vem se formando há vários anos. “Às vezes eles tapam os buracos, mas o problema não é resolvido. Seria preciso resolver toda a rede de galeria pluvial, porque a erosão ocorre em vários pontos do Vale Verde.” E a cada chuva o problema vai aumentando. "Toda água que vem da avenida Maringá, da rua João XXIII, da rua José Oiticica e da rua Jonatas Serrano vem para cá. Aqui ao lado há uma viela e nos dias de chuva forte ela se parece com as Cataratas do Iguaçu.”

Segundo o secretário de Obras, João Verçosa, o Vale Verde é realmente um problema que não é de agora. "Temos mais de dois anos com rompimento de tubulação lá dentro. A partir disso, fomos demandados pelo MPPR (Ministério Público do Paraná), moradores e estamos correndo atrás de uma solução. Mas é uma obra cara, embora ainda não tenha o orçamento fechado, porque ainda estamos buscando soluções técnicas", declarou.

Ele ressaltou que irá pegar um projeto para o local que está sendo finalizado e dividir em duas partes para fazer de forma mais rápida. "Vamos ter que resolver de forma emergencial. Vamos fazer a parte da calçada que cedeu até mais ou menos 150 metros para dentro do vale. O projeto completo prevê a construção de um canal que vai até a rua Goiás."

Segundo ele, é preciso que a Sanepar atue antes. "Precisamos que o emissário seja transferido mais para o meio da rua para não ter risco de rompimento de tubulação de esgoto. Por isso a Sanepar precisa mudar o trajeto do emissário para colocar uma máquina ali, para não ter esse risco."

Uma empresa terceirizada será contratada. "De nossa parte estamos encaminhando para licitação a parte emergencial. Vamos fazer algo para evitar que a rua caia para dentro do buraco. Se a gente não cuidar pode acontecer isso. Depois vamos trabalhar a rede como um todo para resolver de forma definitiva. Ali é uma região antiga e houve adensamento e tem uma deficiência da rede de galerias."

Por meio de nota, a Sanepar informou que, em função das chuvas, da quebra da galeria pluvial no fundo de vale na rua Raja Gabaglia, a Sanepar deverá executar uma obra de remanejamento de cerca de 70 metros de rede de esgoto. "Isso é uma alternativa para prevenir que, numa nova ocorrência, possa ocorrer rompimento da tubulação. O projeto desta obra segue em fase de conclusão, sendo compatibilizado com a obra da galeria pluvial. O início desta independe da outra., diz o comunicado.

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