A professora Roseni Aparecida Papa foi condenada a 13 anos e sete meses de reclusão por torturar crianças em um CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) em Astorga (Noroeste). Outras duas professoras também foram condenadas por omissão perante à tortura.

A Justiça acatou a denúncia do promotor da Vara Criminal de Astorga, Lucílio de Held Júnior. Segundo o MP (Ministério Público), imagens mostram Papa agredindo crianças de dois e três anos de idade em agosto do ano passado. Elas são arrastadas, seguradas com força e estapeadas.

Papa já estava presa preventivamente e continuará em regime fechado. "Com essa celeuma agora instalada em relação à necessidade de confirmação em segunda instância para se permitir a execução provisória, a Justiça manteve a prisão preventiva dela. Ela só tem a condenação em primeira instância", explicou Held.

O período em que a professora esteve presa preventivamente já conta como cumprimento da pena, de acordo com o promotor. Papa pode progredir para regime aberto após cumprimento de 2/6 da pena, caso cumpra os requisitos da lei de execução penal. "E ela deve recorrer da decisão, naturalmente", acrescentou.

As outras duas professoras foram condenadas a quatro anos e nove meses, que cumprirão em regime semiaberto. A defesa de Papa não retornou o pedido de entrevista e a reportagem não conseguiu contato com as defesas das outras professoras.