São Paulo, 10 (AE) - Dos US$ 32 bilhões de capital que o Previ, fundo de previdência do Banco do Brasil, tem para aplicar
uma parte poderá ser destinada a investimentos diretos. Se seguir o exemplo da Petros, fundação Petrobras de seguridade social, o Previ poderá se lançar na reestruturação da petroquímica nacional. Segundo a assessoria de imprensa do Previ
a empresa só se manifestará sobre os investimentos diretos depois que fechar negócios, já que o tema é estratégico tanto para o mercado quanto para o fundo.
O redesenho do pólo gás-químico do Rio, controlado pela Riopolímeros, conta com dois novos sócios, entre os quais a Petros, com 8% das ações ordinárias na sociedade. O restante do controle é formado pela Unipar (33,3%), o grupo Suzano (33,3%), a Petrobras (16%) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social Participações (8%). A intenção da Petros, ao diversificar os investimentos, é aumentar a remuneração do capital.
Antes do anúncio de sua entrada no projeto de financiamento do pólo do Rio, 54% dos US$ 5 bilhões disponíveis para aplicação eram investidos em títulos de renda fixa e outros 10% (US$ 500 milhões) em investimentos diretos, como no projeto da Bacia de Marlim, termelétricas e fibra ópticas. O investimento da Petros na área em que a Petrobras atua direta ou indiretamente é uma garantia maior de segurança para os beneficiados pelo fundo, explica a assessoria da presidência da Petros. No ano passado, a rentabilidade das empresas petroquímicas em bolsa esteve entre as maiores dos segmentos da economia brasileira, e foi a maior da história do setor.