Policiais civis de unidades da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Avaré e Itapeva, ambas no interior de São Paulo, e do Cope (Centro de Operações Especiais da Polícia Civil) e da 10ª SDP (Subdivisão Policial) de Londrina deflagraram na manhã desta quarta-feira (11) a Operação Paraíso, que prendeu 14 suspeitos de integrar uma quadrilha especializada no roubo de defensivos agrícolas. Cerca de 80 agentes participaram da ação. Um dos líderes foi detido no Parque Ouro Verde, na zona norte de Londrina.

O esquema criminoso funcionava desde o fim do ano passado e possuía ramificações em cidades do interior de São Paulo e de duas regiões do Paraná: Norte e Norte Pioneiro. Os mandados foram cumpridos em Londrina, Jaboti, Ibaiti, Santa Cruz do Rio Pardo e Piraju. As investigações começaram há três meses, depois que uma fazenda em Itapeva foi roubada. Na ocasião, os ladrões levaram defensivos agrícolas, além de botinas e chapéus. Na delegacia, as vítimas descreveram as características dos assaltantes, o que ajudou a polícia a identificar outros roubos semelhantes praticados na região de Itapetininga (SP).

De acordo com o delegado Aulo Fernandes, um dos responsáveis pela Operação Paraíso, a quadrilha era dividida em dois segmentos: executores dos assaltos e receptadores. Quatro integrantes do primeiro grupo foram detidos em Londrina. Um deles é suspeito de integrar uma quadrilha de roubo a agências bancárias. "A cidade abrigava o ramo mais perigoso. Eles iam nas fazendas, aterrorizavam os donos e transportavam os defensivos em um caminhão, também apreendido. Esses materiais eram distribuídos ao restante da quadrilha", explicou.

Objetos levados das propriedades rurais, como aparelhos de TV, celulares, joias e até um carrinho de bebê, além de armas de fogo e porções de maconha, foram recolhidos. Em apenas um dos roubos, registrado em Coronel Macedo (SP), a Polícia Civil estima que os bandidos tenham deixado prejuízo de R$ 300 mil. "Fora os danos financeiros provocados a outros agricultores", ponderou Fernandes, que confirmou a prisão de produtores de Ibaiti, Santa Cruz do Rio Pardo e Jaboti que são suspeitos de comprar os materiais roubados.