Agência Folha
De Belo Horizonte
A Polícia Militar de Minas Gerais anunciou anteontem a prisão do sargento João Batista de Oliveira, 39, e do cabo Emílio Jesus da Silva, 37, por suspeita de envolvimento no tráfico de drogas, em Belo Horizonte.
Os PMs foram acusados pelo garçom Welington Marcelo Rocha, 27, preso no último dia 29. Nesse dia, a polícia conseguiu rastrear ligação que Rocha fazia de um telefone público ameaçando o juiz Eli Lucas de Mendonça, titular da Vara de Tóxicos e Entorpecentes da capital mineira.
O garçom acusou os policiais de comandarem o tráfico de drogas em favelas da região sul da cidade e de o terem pressionado a fazer as ameaças ao juiz -responsável pela condenação, em 1997, do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
Segundo a polícia, algumas testemunhas também reconheceram os acusados, que se apresentariam, nas favelas, como sendo policiais civis.
A CPI mineira que investiga o narcotráfico anunciou hoje que deve ouvir na próxima semana a testemunha de codinome Laércio, que depôs na CPI do Narcotráfico do Congresso, no último dia 26, e acusou o deputado estadual mineiro Arlen Santiago (PTB) de envolvimento com tráfico.
Segundo membros da CPI, a testemunha, que está no Rio de Janeiro, será levada a Belo Horizonte pela Polícia Federal e deve retornar à capital fluminense logo após o depoimento. Nesta semana também deve ocorrer na CPI mineira o depoimento do deputado acusado.