A Prefeitura de Londrina está acertando os últimos detalhes para contratar uma empresa que irá ajudar o Samu no transporte de pacientes graves da Covid-19. Hoje, a cidade tem apenas quatro ambulâncias de suporte avançado, onde vão os médicos, para fazer esse deslocamento entre os hospitais e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), mas o aumento de casos tem sobrecarregado os funcionários. A ideia é que a terceirização seja de três meses, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.

Imagem ilustrativa da imagem Prefeitura vai terceirizar transporte de pacientes graves com Covid-19
| Foto: Gustavo Carneiro 04-03-2021

Em apenas quatro meses deste ano, o transporte de pessoas em estado crítico da doença subiu 270%. Foram 58 em janeiro, 75 em fevereiro, 206 em março e 215 em abril, números coletados até a última sexta-feira (29). "Essas transferências acontecem quando o paciente sai do Hospital da Zona Norte e vai para o HU, que é referência na região, ou do Zona Sul para o Coração, por exemplo. O acompanhamento é feito por uma equipe especializada, mas a demanda aumentou bastante. E isso que o Samu não deixou de atender as outras situações, como acidentes e problemas clínicos", comentou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado. Veja na tabela abaixo:

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| Foto: Fonte: Secretaria Municipal de Saúde

O contrato não foi fechado, mas a FOLHA teve acesso à minuta. Nela, a contratada poderá receber R$ 382.500,00 pelo serviço nos três meses. Seriam R$ 131.750,00 por mês e R$ 4.250,00 por dia. A intenção é transferir diariamente cinco pacientes nesse modelo. Cada deslocamento deve custar R$ 850,00 aos cofres municipais. Porém, a necessidade pode oscilar tanto para mais quanto para menos pela comportamento incerto do vírus.

"O Samu vai continuar atendendo todos os casos, mas o cenário é muito dinâmico. Se sai uma ordem judicial para transferir um paciente de Londrina para Curitiba, perdemos uma ambulância. A terceirização seria um apoio complementar. Não será a primeira opção, mas uma ferramenta que pode ser acionada. É uma medida nova", disse Machado.

De acordo com o documento inicial, a logística deve funcionar assim: o hospital entra em contato com o Samu, que abre ocorrência para o médico regulador escolher qual ambulância e a unidade que receberá o infectado. Se for preciso o veículo terceirizado, a Central de Regulação vai comunicar o prestado de serviço contratado pela prefeitura. O transporte também vale para recém-nascidos. Nessas ocasiões, a empresa terá que ceder um pediatra. As remoções valerão apenas para a zona urbana de Londrina.