A Secretaria Municipal de Saúde espera reforçar a equipe de plantonistas no PAI (Pronto Atendimento Infantil) com mais oito pediatras até janeiro do ano que vem. O órgão prepara um teste seletivo para contratar os profissionais depois da unidade viver dias de superlotação. As reclamações com a demora no atendimento foram tantas que o Conselho Tutelar protocolou uma denúncia no Ministério Público e uma comissão de vereadores foi checar as reivindicações dos pais.

As reclamações com a demora no atendimento foram tantas que o Conselho Tutelar protocolou uma denúncia no Ministério Público e uma comissão de vereadores foi checar as reivindicações dos pais
As reclamações com a demora no atendimento foram tantas que o Conselho Tutelar protocolou uma denúncia no Ministério Público e uma comissão de vereadores foi checar as reivindicações dos pais | Foto: Gustavo Carneiro

Em entrevista coletiva, o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, ressaltou que o PAI "presta um excelente serviço à comunidade e não pode ser lembrado por algumas exceções". Ele admitiu a dificuldade em encontrar especialistas na área, mas tem a expectativa de amenizar o problema com as admissões temporárias. "Ainda estamos elaborando como vai ser esse processo, mas queremos que eles estejam trabalhando o mais rápido possível", afirmou.

Machado explicou que um dos obstáculos apresentados pelos pediatras é a questão salarial. "Recentemente me reuni com um grupo desses profissionais e recebi diversas demandas que poderão ser adaptadas daqui pra frente. Foi uma reunião bem produtiva para também sabermos quais os gargalos dessa especialidade. Nesse teste seletivo, vamos aumentar os valores dos plantões médicos para, quem sabe, atrair mais interessados", completou. O secretário não soube dizer quais seriam os novos salários.

Reclamações

A demanda começou a surgir no final de novembro. Dias depois, a Comissão de Seguridade Social da Câmara Municipal fez uma "visita surpresa" no PAI. Na ocasião, quatro pediatras estavam escalados. Três cumpriam plantão e um não foi trabalhar porque apresentou atestado. "O ideal seriam seis médicos. É preciso que a escala esteja adequada", declarou a vereadora Lenir de Assis (PT), que preside o grupo de parlamentares.