A Prefeitura de Londrina está prestes a assinar um protocolo de intenções com o Instituto Butantan, de São Paulo (SP), para compra de vacinas Coronavac. Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, o prefeito Marcelo Belinati (PP) deve viajar ainda nesta semana para formalizar o acordo. "Com a aproximação da homologação por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pretendemos celebrar essa parceria o mais rápido possível", disse.

Imagem ilustrativa da imagem Prefeitura de Londrina negocia compra de vacinas Coronavac
| Foto: Reprodução/Instituto Butantan

De acordo com Machado, a medida foi pensada caso o governo federal não ceda as doses para os estados e municípios. Ele informou que a prefeitura tem recursos disponíveis para a aquisição das doses, mas o valor total ainda não foi fechado, assim como a quantidade que deve ser comprada. "Cada pessoa será vacinada duas vezes. Só vamos comprar se ela for autenticada pela Anvisa e passar por todas as etapas burocráticas", explicou.

O secretário observou que a logística da imunização está sendo estudada. "Nossa equipe se reúne há um mês para discutir qual será a melhor forma. Estamos observando como outros países estão aplicando, mas nada foi definido por enquanto. Todas as possibilidades são possíveis. Queremos proteger os londrinenses com rapidez, mas sem descartar a segurança".

A Secretaria de Saúde não escolheu qual faixa etária será vacinada primeiro. "Isso depende de uma série de fatores, a quantidade, se o governo federal vai enviar ou não. Se o Ministério da Saúde disponibilizar a Coronavac, poderemos manter o acordo com o Butantan, mas é evidente que não haveria motivo para essas compras com o instituto paulista", afirmou o secretário.

Enquanto o protocolo com o Butantan não é assinado, Felippe Machado informou que não tem como estipular uma data para início da vacinação. "Tão logo a Coronavac seja homologada pela Anvisa, creio que a distribuição dela para as cidades, inclusive Londrina, será rápida. Se isso acontecer em janeiro, acredito que em fevereiro devemos receber as primeiras doses. Não descartamos também outras vacinas que estão sendo desenvolvidas".

A Coronavac foi criada após parceria entre o Butantan e o laboratório chinês Sinovac. Além de Londrina, outras cidades paranaenses se interessaram pelo imunizante. O prefeito de Maringá, Ulisses Maia, mantém "entendimentos" com o governador de São Paulo, João Doria. A Prefeitura de Curitiba avançou mais para ter a vacina. Os profissionais de saúde da capital serão os primeiros a serem imunizados.