A prefeitura de Cascavel irá protocolar nesta quinta-feira (2) um recurso administrativo na Secretaria Estadual de Saúde contra o decreto da quarentena para que a cidade continue a cumprir o decreto e legislação municipal. O prefeito Leonaldo Paranhos disse que o município irá respeitar as medidas de restrições impostas pelo decreto de terça-feira (30) até que o recurso seja avaliado, mas ressaltou que Cascavel é o município que mais realiza testes de Covid-19 no Estado e que esse é o motivo para os números elevados de casos confirmados no município.
A prefeitura de Cascavel irá protocolar nesta quinta-feira (2) um recurso administrativo na Secretaria Estadual de Saúde contra o decreto da quarentena para que a cidade continue a cumprir o decreto e legislação municipal.
A prefeitura de Cascavel irá protocolar nesta quinta-feira (2) um recurso administrativo na Secretaria Estadual de Saúde contra o decreto da quarentena para que a cidade continue a cumprir o decreto e legislação municipal. | Foto: iStock
O Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico de Cascavel, Alcione Tadeu Gomes, ressaltou que em nenhum momento
o prefeito de Cascavel pensou em descumprir o decreto. "Ele sabe da preocupação do governo do Estado com a vida. Nós temos trabalhado pensando em 3três eixos: Evitar ao máximo o número de pessoas de contagiadas; evitar o colapso do sistema de saúde; e trabalhar a economia. Quando se fala em prevenção temos respeitado e entendemos", destacou Gomes . Segundo ele, antes desse decreto o município estava trabalhando em um decreto municipal para que a cidade de Cascavel tivesse um modelo de prevenção sem a restrição de todas as atividades. "Com o decreto estadual ficaram apenas as atividades essenciais."
Ele ressaltou que o documento do recurso administrativo está sendo preparado pela procuradoria jurídica do município. "Vamos entrar com esse recurso e aguardar o posicionamento do Estado e do COE estadual em relação à essa defesa nossa sobre o modelo preventivo que a gente propõe. Sem essas informações não temos como avançar."
"Hoje tivemos muitas empresas abertas ainda. Acabei de sair de uma reunião com núcleo de mulheres empreendedoras e há uma dificuldade de entender os decretos publicados, tanto municipal quanto estadual. Há dúvidas de interpretação, porque nem sempre conseguem traduzir de maneira tão clara pela dificuldade de entender o que está escrito em termos jurídicos. Alguns setores exageraram, Poderiam ficar abertos e fecharam, como o setor relacionado à venda de peças de caminhões, que é um serviço essencial. Eles me ligaram e não sabiam se podiam abrir hoje e fecharam."
EMPRESÁRIOS
A Acic (Associação Comercial e Industrial De Cascavel) se pronunciou por meio de nota oficial sobre o decreto. A nota diz que a Associação Comercial e Industrial de Cascavel sempre foi uma observadora rigorosa das leis e das determinações oficiais. "Por isso, mesmo discordando da decisão do governo, vai obedecer e seguir o que determina o decreto estadual. A entidade continuará trabalhando, como faz desde o início da pandemia, com foco total na retomada de todas as atividades econômicas e assegurando amparo aos associados."
Segundo o texto, houve, nas últimas semanas, aumento considerável no número de casos e há também informações preocupantes da falta de alguns medicamentos imprescindíveis ao enfrentamento do coronavírus. A preservação da vida e a devida assistência aos doentes é prioridade. "Mas não podemos nos omitir diante da situação caótica do setor de saúde, apesar do heroísmo dos profissionais da área, e da falta de atenção de sucessivos governos às reivindicações e reais necessidades do Oeste do Paraná. A Acic cobra e faz coro com outras entidades quanto à necessidade de o Oeste receber investimentos semelhantes aos garantidos pelo governo estadual a outras regiões.", ressaltou o texto.
A associação comercial pede que todos façam a sua parte e que atendam as recomendações das autoridades de saúde. "Seguiremos apoiando os nossos representantes na flexibilização do decreto estadual. Em algum momento essa situação difícil vai passar, mas as novas práticas e cuidados não. Por isso, a associação comercial e outras forças locais amadurecem e defendem medidas que preservem empregos e empresas."