A Prefeitura de Londrina assinou a ordem de serviço para reparos da Biblioteca Pública e do Teatro Zaqueu de Melo, que dividem um mesmo prédio no centro histórico de Londrina.

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. | Foto: Ricardo Chicarelli

Segundo o prefeito Marcelo Belinati (PP), a verba de R$ 320 mil, investida na reforma do prédio, será voltada para “ações emergenciais” e outras intervenções para que não chova dentro da edificação.

Entre as melhorias estão a troca do telhado e a ampliação das calhas. “Hoje chove em uma proporção maior do que chovia antigamente, as calhas que foram projetadas à época, hoje não dão conta”, explica o secretário municipal de cultura, Caio Cesaro.

O prédio receberá melhorias externas. Será pintado, o que não é feito há 20 anos, e terá a calçada da frente trocada, melhorando a acessibilidade e preservando a referência histórica das pedras petit-pavé. Segundo o secretário, os funcionários da empresa contratada iniciarão os trabalhos ainda nesta sexta.

FACHADA

Já que as intervenções são pontuais, como a pintura da fachada externa, não será necessário fechar a Biblioteca, de acordo com Cesaro. “Teremos de fazer alguns ajustes, adequações na hora que estiver mexendo na calçada, trocar a entrada da Biblioteca pela do Zaqueu, mas isso será feito sem um prejuízo maior ao público.”

Os primeiros reparos devem durar três meses. A reforma é paliativa e não garante o funcionamento do Teatro Zaqueu de Melo. “Dado às limitações de orçamento do município, é o que está sendo possível ser feito nesse momento”, justifica o secretário.

Já existe um projeto de reforma para o Zaqueu, que requer obras mais expressivas do que as da biblioteca. O teatro precisa de uma revisão de poltronas, revestimentos e panos. O Zaqueu foi interditado pelo Corpo de Bombeiros em maio de 2017. “As normas de segurança exigem que sejam todos materiais antichamas, então precisa ser feita toda a troca do material”, afirma.

Equipamentos de iluminação e som do teatro ainda têm condições de uso, contudo, o Zaqueu precisaria ainda de uma saída de emergência e um elevador de acessibilidade. “Isso tudo requer um investimento mais alto, neste momento não tivemos condições ainda de retomar as atividades”.

Segundo o secretário, além da determinação dos bombeiros, “o que levou a suspender as atividades no Zaqueu foi a questão de que, hoje, no centro, também temos o Teatro Mãe de Deus, o Ouro Verde e a Casa de Cultura da UEL. É óbvio que nada disso elimina a relevância e a necessidade do Zaqueu, mas a gente precisa trabalhar e investir”.

Cesaro estima que R$ 2 milhões seriam necessários para a reabertura do teatro, mas não há orçamento previsto para isso nem para o ano que vem. Segundo Belinati, essa reforma será feita “em uma outra etapa”. "Um primeiro passo para depois fazer as outras. Não adianta fazer toda essa reforma e estar chovendo dentro, por exemplo”, acrescentou.

O próximo passo é pensar nos projetos complementares para o prédio. “Temos o projeto arquitetônico e estamos viabilizando projetos complementares. Neste ano, o município está investindo cerca de R$ 1,2 milhão no Museu de Arte e mais R$ 320 mil na Biblioteca e Zaqueu. Se mantivermos o fluxo de investimento, teremos condições de entregar esses equipamentos em condição e atualizados para a população”.

Para Belinati, a reforma do prédio da biblioteca e do Zaqueu ajuda a resgatar a história da cidade e faz parte de um processo de revitalização de toda a região central, como a revitalização da Praça Rocha Pombo, Praça da Bandeira e a reabertura do banheiro público. “Está em processo de licitação a revitalização da rua Sergipe e estamos concluindo os projetos de revitalização do Bosque Central e da Concha Acústica.”

Cesaro também ressaltou a necessidade de manutenção adequada a cada ano. “Acho que precisamos recuperar é o investimento de manutenção dos prédios, porque se o investimento for feito anualmente, não teremos uma situação dessa, de que há 20 anos não se tinha uma intervenção desse porte”.