Diante dos dados divulgados pelo próprio Ministério da Saúde de que no Paraná foram aplicadas vacinas vencidas, foram várias as justificativas para que esses dados tivessem sido publicados pelo governo dessa forma. Guarapuava teria aplicado 31 doses de Astrazeneca vencidas; Ampére, Arapongas, Campo Mourão e Umuarama aplicaram uma dose vencida cada. As prefeituras negaram que a aplicação de vacinas vencidas tenha acontecido em seus municípios.

As prefeituras negaram que a aplicação de vacinas vencidas tenha acontecido em seus municípios.
As prefeituras negaram que a aplicação de vacinas vencidas tenha acontecido em seus municípios. | Foto: Gilson Abreu/AEN

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Guarapuava entrou em contato com a coordenação da Campanha Guarapuava Imunizada, que informou que houve um erro na digitação no sistema. “Os lotes recebidos estavam dentro do prazo de validade e sim, é feita a conferência ordinariamente desses dados. Por hora, não há registro desse problema no Município”, destacou o comunicado enviado à Folha.

O prefeito de Arapongas, Sérgio Onofre, disse: “Não é verdade. Não aplicamos não. Temos uma enfermeira que faz o controle interno. É só uma para não dispersar. Olha, isso foi uma falha do ministério e os dados ainda não estão corretos, mas nós não demos nenhuma vacina vencida.” Questionado se poderia fornecer a planilha de controle do município para confrontar com a planilha da União, ele respondeu: “Não sei se posso fornecer planilha, mas te garanto que não demos (a vacina vencida). Se tivéssemos dado, nós iríamos atrás para resolver”, declarou.

A assessoria de comunicação da Prefeitura de Campo Mourão afirmou desconhecer essa informação. “Para nós não procede. Não temos conhecimento disso, não há ventilação alguma de uma conversa dessas. Se um lote de vacinas chegar amanhã, usa no outro dia. Se chega no feriado, sábado ou domingo também. Para nós é uma situação completamente desconhecida”, afirmou.

A assessoria de imprensa de Umuarama respondeu: “Não temos conhecimento. Essa informação não procede. Nos lotes recebidos até o momento não havia (doses com) data vencida”, destacou. Já a assessoria de imprensa de Ampére não atendeu os telefonemas.

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“Não consigo entender como foi erro do Ministério. Nunca ouvi falar de erro de digitação”, afirmou a epidemiologista Carla Domingues.

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