O prefeito Marcelo Belinati (PP) decidiu acatar a recomendação do Ministério Público e informou que vai disponibilizar câmeras portáteis para uso nos uniformes dos guardas municipais de Londrina. O comunicado foi feito por meio de ofício enviado no último dia 23 de fevereiro ao promotor Renato de Lima Castro, do Gepatria (Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa).

O MP se posicionou a favor deste tipo de tecnologia depois que agentes da GM foram denunciados por tortura e abuso de autoridade
O MP se posicionou a favor deste tipo de tecnologia depois que agentes da GM foram denunciados por tortura e abuso de autoridade | Foto: Gustavo Carneiro - Grupo Folha

No documento que a FOLHA teve acesso, Belinati cita apenas que vai tomar "as medidas necessárias para fazer frente à despesa com a implantação das câmeras operacionais". Além de Castro, o pedido foi assinado pelos promotores Ricardo Benvenhu e Susana de Lacerda.

O MP se posicionou a favor deste tipo de tecnologia depois que agentes do órgão foram denunciados por tortura e abuso de autoridade, entre outros crimes, enquanto atendiam uma ocorrência de perturbação de sossego no Conjunto Lindóia, zona leste da cidade, em julho do ano passado. Os GMs foram remanejados do trabalho na rua e colocados em pontos fixos. O caso também é apurado pela Corregedoria-Geral do Município.

A recomendação para início dos testes com as câmeras foi emitida em novembro. Os promotores deram um mês para que a prefeitura informasse se acataria a orientação e apresentasse um cronograma de implementação da proposta.

Segundo o Ministério Público, "o uso de câmeras individuais pela Guarda Municipal no exercício de suas atividades constitui importante instrumento para o esclarecimento dos fatos ocorridos, de modo que é capaz de efetivamente certificar se houve ou não excessos no atendimento das ocorrências”.

A FOLHA procurou o secretário de Defesa Social, Pedro Ramos, mas a assessoria de imprensa disse que ele só vai se pronunciar em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (3), às 16h, na sede do Ministério Público, quando deve falar sobre o assunto junto com o promotor Renato de Lima Castro.

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