Rio, 02 (AE) - Em dois meses, 26 mil condomínios de edifícios residenciais e comerciais do Rio - que abrigam uma população de mais de 3,2 milhões de moradores e usuários e emprega cerca de 94 mil pessoas - terão ligação direta com a polícia através de telefonia móvel (celular). O anúncio foi feito hoje pelo secretário de Segurança Pública, coronel Josias Quintal, durante a assinatura de um convênio firmado entre o governo estadual e as administradoras de condomínio para a prevenção de roubos em prédios. A Secretária de Segurança ficará responsável por um programa de treinamento de porteiros.
De acordo com Quintal, a secretaria e empresas de telefonia estão em negociação para que cada prédio possa adquirir o aparelho por R$ 200,00. O celular terá o número cadastrado na central de polícia do Estado. "Isso possibilitará que a polícia chegue rápido aos assaltos", explicou. No passado ano, 1.333 residências foram roubadas no Estado. Em 1998, quadrilhas de criminosos invadiram 903 imóveis.
No último final de semana, seis homens e uma mulher assaltaram o edifício Churchill, na Avenida Rui Barbosa, um dos endereços nobres da cidade. O prédio já havia sido invadido no ano passado. Na madrugada de sábado, uma quadrilha roubou a cobertura do assessor especial da Presidência, Moreira Franco, na Lagoa, na zona sul do Rio. Durante 45 minutos, Moreira, a mulher e a empregada ficaram presos num dos quartos do apartamento sob a ameaça dos criminosos. Quatro ladrões foram presos e dois fugiram. Fitas - Além do telefone móvel e do curso de segurança, os condomínios vão receber fitas de vídeo que ensinam como porteiros, moradores e sindícos devem agir para evitar assaltos e, no caso de uma invasão, como lidar com os criminosos. O material está sendo produzido pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis Residências do Estado e deverá chegar aos edíficios no máximo em 45 dias. "As fitas mostram os cuidados que porteiros, síndicos e a proprietários devem ter para evitar roubos", disse o presidente do sindicato, José Afonso W„hmann.