Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o programa para alunos de baixa renda terem acesso a uma poupança quando concluírem o ensino médio será anunciado na semana que vem. Conforme mostrou o Estadão/Broadcast, a avaliação preliminar é de que o orçamento poderá chegar a R$ 4 bilhões por ano, a depender do alcance do benefício e das restrições fiscais.

"É uma poupança em que esse cara estudante, no final do ano, no final dos estudos, vai retirar o dinheiro para fazer o que quiser", disse, em transmissão semanal ao vivo nas redes sociais que contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo Lula, a atual juventude precisa trabalhar e não ficar apenas concentrada no celular.

A ideia inicial da medida, que tem o objetivo de combater o abandono escolar, é garantir cerca de R$ 1 mil por ano aos estudantes, mas o valor ainda está sob análise. O programa foi uma promessa de campanha de Lula após ter conseguido apoio da agora ministra do Planejamento, Simone Tebet, no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

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Outro projeto articulado pelo governo federal de olho na geração de emprego à juventude é em relação aos trabalhadores de aplicativo, como o Uber, para dar legalidade à classe. "Não queremos que a pessoa deixe de ser autônoma, o que queremos é dar um pouco de seguridade a ela, quando o carro quebra, quando a mulher fica doente", declarou.

O chefe do Executivo disse estar feliz com o "grau de responsabilidade" que as pessoas depositam nas costas do Brasil. "Estamos sendo olhados pelo mundo como um país que pode mudar a história da questão energética do planeta Terra", comentou. "O Brasil pode ser para o mundo da energia limpa aquilo que a Arábia Saudita foi para o mundo do combustível fóssil."

Lula afirmou que, no Brasil, há garantia jurídica, garantia social e previsibilidade para os investidores estrangeiros se estabelecerem. "Vamos desenrolar o Brasil, vocês que fazem análise econômica."

O petista citou a COP 28, evento que acontecerá na semana que vem nos Emirados Árabes e do qual participará. Segundo ele, o Brasil é visto como "a bola da vez". "As pessoas estão percebendo que o Brasil pode oferecer o que o mundo precisa, descarbonização", comentou. Além disso, ele citou a reunião do G20 de 2024, que acontecerá no Rio de Janeiro. "Estamos fazendo tudo isso para colocar o Brasil nos eixos outra vez."