A pandemia de coronavírus começa a provocar preocupação nos municípios, que estão fechando os acessos para pessoas de fora. Apesar de a medida ser adotada prioritariamente por pequenas cidades, até mesmo Cascavel, a quinta maior do Paraná e um centro de referência no Oeste do Estado, criam barreiras sanitárias que impedem a entrada de “forasteiros”.

Imagem ilustrativa da imagem Por coronavírus, cidades do PR criam bloqueios e monitoram acessos
| Foto: Edson Feitas/Arquivo Pessoal

No Norte Pioneiro, o município de Wenceslau Braz já fecha três acessos pela PR 092 e manteve aberto a quarta entrada, mas com controle de fluxo. O acesso ao município pela PR 422 também permanece aberto, mas com controle de quem entra e sai.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Wenceslau, não haverá proibição de entrada, mas haverá medidas como medição de temperatura para reduzir a possibilidade de circulação do coronavírus. A restrição seria um pedido da população, que tem medo diante do avanço da doença no Brasil.

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| Foto: Edson Feitas/Arquivo Pessoal

O prefeito Paulo Leonar (PDT) justificou a medida como parte da prevenção contra a doença Covid-19. "Sabemos que essa restrição no fluxo causa alguns transtornos, mas não estamos fechando a cidade, o que estamos fazendo é implantando um controle sanitário para monitorar quem entra. Temos tomado uma série de medidas desde a semana passada e vamos continuar firmes na nossa postura de combate ao coronavírus.”

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| Foto: Arquivo pessoal

Próxima de Wenceslau, Ibaiti também fechou a maioria dos acessos da cidade e a entrada é controlada por médicos e enfermeiros que checam as condições de saúde.

Medida semelhante foi adotada em Pitanga. O decreto que instituiu o fechamento de entrada no município prevê a duração da barreira biológica por 15 dias, A restrição é para pessoas que queiram passear ou visitar parentes no município, de forma a evitar a circulação do coronavírus no município, afirma o diretor da Vigilância Sanitária do município, Ivan Pohlod.

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| Foto: Elielton rodrigues Maciel/Arquivo Pessoal

Ele recorda que a cidade tem dois casos de suspeita de infecção, de um paciente morador da cidade e outro, de Palmital, mas internado em Pitanga, mas há mais de cem pessoas monitoradas, muitas de outras cidades. “A situação, como é de conhecimento, é muito grave”, justifica Pohlod.

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| Foto: Elielton rodrigues Maciel/Arquivo Pessoal

A situação é a mesma de Birituna, onde a prefeitura determinou barreiras sanitárias nos três acessos da cidade. Servidores do município fazem o controle de quem entra, fazendo o registro dos visitantes.

Em Cascavel, a prefeitura instalou barreiras sanitárias no posto da PRF (polícia Rodoviária Federal), na BR 277, no Posto Colina Verde na BR 467; em um posto desativado da BR 369 e no Posto São Cristóvão, na entrada de Foz do Iguaçu, na BR-277. A escala de trabalho das barreiras foi dividida em três turnos: das 7h às 12h, das 12h às 17h e das 17h às 22h.

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| Foto: Divulgação/Prefeitura de Cascavel

Estão atuando 12 agentes da Secretaria Municipal de Saúde por turno, além de guardas municipais, agentes da Cettrans/Transitar, policiais rodoviários federais e estaduais, Polícia Militar, com apoio da Ecocataratas e da Viapar, totalizando cerca de 30 pessoas em cada turno.

O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC), afirma que não há bloqueio de passagem, mas de inspeção sanitária, ou seja, quem for ao município para fazer entregas ou prestar outro tipo de serviço podem entrar e sair. Quando a pessoa vem de cidade com caso comprovado da doença, precisa seguir um protocolo de encaminhamento domiciliar, com pulseira de identificação, e permanecerá de sete a 14 dias em observação. "Orientamos a ficar em observação e dentro do isolamento domiciliar”, diz o prefeito.