A prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt, anunciou medidas mais restritivas para conter a pandemia da Covid-19. Entre elas está a suspensão do serviço de transporte coletivo na cidade localizada na região dos Campos Gerais. No entanto, vans, ônibus particulares, táxis, veículos de aplicativos e similares poderão operar com até 50% da capacidade máxima de lotação. As restrições começam nesta quinta-feira (18) e têm a duração de dez dias.

Imagem ilustrativa da imagem Ponta Grossa suspende transporte coletivo para reduzir casos de Covid-19
| Foto: Divulgação - Prefeitura de Ponta Grossa

Diante dos altos índices de transmissão da doença e das elevadas taxas de ocupação dos leitos, a prefeita afirmou, nas redes sociais, que “tempos extraordinários exigem medidas também extraordinárias”.

“Sabemos do sofrimento do comércio e da dificuldade financeira que muitas famílias estão enfrentando, mas hoje, no cenário em que vivemos com o nosso sistema de saúde colapsado, com nossas equipes médicas sufocadas e exaustas, nossa decisão é por salvar vidas”, ressaltou.

O decreto nº 18.765/2021 começa a valer nesta quinta-feira (18) e prevê a suspensão de atividades não essenciais pelos próximos dez dias. Entre os serviços suspensos está o serviço de transporte coletivo “como forma de inibir a circulação e a aglomeração de pessoas em toda a cidade”, explicou Schmidt.

A partir desta quinta fica proibida a circulação de pessoas em vias públicas da cidade das 22h às 6h; a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas das 20h às 5h; o funcionamento de casas noturnas e atividades correlatas, clubes sociais e recreativos; reuniões com aglomerações de pessoas, incluindo eventos, comemorações, assembleias, confraternizações, encontros familiares ou corporativos em bens públicos e privados e atividades esportivas coletivas amadoras, além do funcionamento de parques turísticos naturais públicos e privados.

O decreto municipal também proíbe o uso de piscinas e saunas em clubes, condomínios, associações e escolas de natação; atividades esportivas praticadas em academias e em espaços esportivos; o uso de praças, parques e locais de lazer do município; obras e serviços da construção civil e o funcionamento de lojas de conveniência dos postos de combustíveis.

Serão mantidos em funcionamento apenas serviços considerados essenciais e de urgência e emergência. Entre as atividades estão atendimentos médicos e veterinários de urgência e emergência, farmácias, indústrias, transportes particulares e serviços bancários.

DELIVERY

Restaurantes e lanchonetes terão que abrir apenas na modalidade delivery, das 10h às 22h. Mercados, supermercados e hipermercados poderão manter os atendimentos das 7h às 22h, de segunda a sábado, com vendas apenas por delivery no domingo.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal serão responsáveis pela fiscalização. A prefeita reforçou ainda o pedido para que a população evite aglomerações, permaneça em isolamento social, mantenha a higienização e faça uso da máscara de proteção.

Ponta Grossa possui cerca de 355 mil habitantes, de acordo com estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No total, 24.982 casos de infecção pelo novo coronavírus já foram diagnosticados até esta terça-feira (16). O número de mortes na cidade chegou a 499.

TAXA DE OCUPAÇÃO

Nesta terça-feira, as taxas de ocupação no Hospital Universitário de Ponta Grossa chegaram a 575% no Pronto Atendimento, 100% na UTI Covid, 100% na UTI Geral, 97% nos leitos de enfermaria Covid e 74% nos leitos de enfermaria geral.

A expectativa é que, com as novas restrições, as autoridades consigam uma queda nos índices de contágio. A partir do dia 29, se houver redução nos indicadores, as atividades poderão ser retomadas de forma gradativa. A prefeita se comprometeu a agilizar a vacinação e a ampliar o número de leitos nos hospitais.

Em nota, a assessoria de imprensa da VCG (Viação Campos Gerais), responsável pelo serviço de transporte coletivo na cidade, informou que aguarda posicionamento da Prefeitura de Ponta Grossa a respeito dos serviços e, especialmente, sobre o custeio dos custos fixos, que inclui o pagamento dos salários dos funcionários da empresa. "Fato é que, tendo em vista a situação da interrupção das atividades da empresa causando equivalente impacto na receita, a VCG não terá condições de arcar com a segunda parcela dos salários dos colaboradores prevista para o próximo dia 25", afirmou.

(Matéria atualizada às 17h50)

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