O Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo de Londrina do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), e a Corregedoria-Geral da Polícia Militar cumpriram, nesta terça-feira (20), três mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara da Auditoria da Justiça Militar. Os alvos foram dois policiais do pelotão da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas) do 30º Batalhão PMPR (Polícia Militar do Paraná), e a própria sede do pelotão. A ação apoia investigação instaurada para apurar possível crime de concussão que teria ocorrido em outubro de 2021.

Os nomes dos policiais e da pessoa abordada por eles não foram divulgados
Os nomes dos policiais e da pessoa abordada por eles não foram divulgados | Foto: Roberto Custódio

Na ocasião, os policiais militares teriam exigido a entrega de R$ 10 mil em dinheiro e arma de fogo para não realizarem a prisão em flagrante de um traficante de drogas de Londrina. Conforme o promotor Jorge Fernando Barreto da Costa, chegou ao Gaeco a notícia de que essa pessoa teria sido abordada com uma quantidade de droga e que isso caracterizaria o tráfico. “Para evitar ou deixar de fazer o flagrante, os policiais exigiram a entrega do dinheiro e a entrega da pistola.”

Os nomes dos policiais e da pessoa abordada por eles não foram divulgados pelo MPPR nem pela PMPR. Os mandados foram cumpridos nas residências dos policiais e nas dependências do Pelotão da Rotam do 30º BPM, em Londrina. Foram encontrados na sede da Rotam várias armas e munições sem procedência ou origem, drogas diversas e objetos para preparo dessas drogas para comercialização.

“É preciso ser feito um esclarecimento de que, embora a investigação que gerou os mandados de busca relacionados ao caso de extorsão e concussão tenha começado no Gaeco, a Corregedoria da PMPR veio fazer trabalho correcional na Rotam e encontrou, nas dependências da Rotam, diversas armas de fogo sem procedência, como uma submetralhadora de fabricação caseira, munição de fuzis e drogas. Entre as substâncias encontradas havia maconha, cocaína e crack já preparadas, divididas e acondicionadas para serem vendidas", declarou o promotor

LEIA TAMBÉM:

+ Denúncias de assédio eleitoral aumentam e MPT-PR leva casos à Justiça

Segundo Costa, a quem pertencia tudo isso será objeto de apuração. “Ainda não foi esclarecida, neste momento, a natureza desse material.” Questionado se isso pode ser prova de alguma prisão, ele afirmou que isso será objeto de investigação.

A Polícia Militar afirmou que tudo que foi apreendido será encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar e as circunstâncias serão apuradas, na forma da lei. “Não houve prisões, nem ordem de afastamento das funções, de nenhum policial militar. Toda ação foi acompanhada pelo Ministério Público (Gaeco/Londrina). As buscas foram realizadas por policiais militares da Corregedoria da PM. O Comandante do 30° BPM e outros oficiais acompanharam as ações, pessoalmente.”(Com informações do MP/PR)

Receba nossas notícias direto no seu celular. Envie também suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1.