A descoberta de um laboratório de anabolizantes em 2019 na avenida São João, zona leste de Londrina, foi o ponto de partida de uma investigação de policiais civis da Denarc (Divisão Estadual de Narcóticos) que terminou, pelo menos até esta terça-feira (26), no afastamento temporário de um investigador, um policial militar e um agente penitenciário supostamente envolvidos no comércio irregular.

Imagem ilustrativa da imagem Policiais e agente penitenciário são investigados em venda de anabolizantes em Londrina
| Foto: Reprodução/Denarc Londrina

Logo no raiar do dia, agentes foram às ruas cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pela 5ª Vara Criminal de Londrina. Os servidores investigados terão que usar tornozeleiras eletrônicas e não podem mais exercer as funções até nova decisão judicial. Três carros foram apreendidos durante a operação.

"A prisão do suspeito no ano passado foi essencial para que começássemos essa investigação. Além dos agentes públicos, descobrimos que os envolvidos atuam como personal trainers e trabalham em academias. Apreendemos munições e mais anabolizantes. Eles importavam as mercadorias do Paraguai e misturavam com óleo de uva ou até mesmo de cozinha. Criaram uma marca e revendiam os produtos pela internet e até pessoalmente", explicou o delegado da Denarc, Adilson José da Silva.

O suposto responsável pelo laboratório continua preso preventivamente. Ele até recebeu o benefício da liberdade provisória, mas a Justiça voltou atrás depois de um recurso do Ministério Público. No início de abril, ele foi condenado pelo juiz João Henrique Coelho Ortolano a seis anos e oito meses em regime fechado por falsificar, corromper e adulterar produtos terapêuticos.