A Delegacia de Homicídios prendeu nesta segunda-feira (13) um homem que é apontado como mandante do assassinato do empresário Carlos Evander Azarias. Ele foi morto a tiros em sua casa, na Vila Casoni, região central, no dia 26 de junho de 2019, e é considerado pelo Ministério Público como chefe de um esquema de fraude no IPTU de Londrina. A investigação foi batizada como Operação Password.

Imagem ilustrativa da imagem Polícia prende suspeito de mandar matar chefe de esquema de fraudes no IPTU
| Foto: Gustavo Carneiro/Grupo Folha

O suspeito foi preso temporariamente, mandado que vale por um mês e pode ser prorrogado pela Justiça. Em entrevista coletiva, o delegado João Batista dos Reis informou como os investigadores chegaram até o rapaz. "Foi uma apuração complexa. A mulher do Azarias tinha o costume de ajudar moradores de rua. Uma dessas pessoas, que já conhecia a casa, aproveitou para furtar o celular dele. Ela tentou vender, mas o comprador desconfiou que se tratava de um objeto de furto e entregou o aparelho na delegacia", disse.

O celular, um Iphone, teve o acesso quebrado mediante autorização judicial pelo setor de inteligência da 10ª Subdivisão Policial (SDP). "Encaminhamos o material para perícia, que identificou conversas entre a vítima e o suposto mandante sobre uma dívida envolvendo um apartamento. Essa discussão começou porque o suspeito teve os bens bloqueados na Password e entendia que o Azarias deveria ressarci-lo pelos prejuízos que teve", apontou Reis.

O delegado pontuou que o criminoso que teria executado o empresário morreu no ano passado. Ele explicou como o rapaz teria combinado a morte de Azarias com o mandante. "Os dois ficaram presos na PEL 2 em 2013 por suspeita de tráfico de drogas. Portanto, tiveram um contato próximo. Identificamos que o executor teria o modelo de moto compatível com a usada no assassinato", observou.

João Reis descartou qualquer relação na morte de Carlos Azarias com a da servidora municipal Daniela Pergo, também assassinada a tiros dias antes enquanto saía de casa, no jardim Petropólis, zona sul, para a Prefeitura de Londrina, onde trabalhava há 25 anos.