A Polícia Civil de Ibiporã prendeu na manhã desta quarta-feira (6) Ezequiel Pinto de Godoi Filho, 36, suspeito de ser um dos responsáveis pela morte da menina Alana Isabele de Oliveira, 5, em Jataizinho (Região Metropolitana de Londrina). O crime ocorreu no final de maio deste ano.

Segundo o delegado Vitor Dutra, Godoi Filho foi levado para a carceragem da Delegacia de Ibiporã e não teve o depoimento colhido logo após a prisão porque o advogado dele não pôde estar presente. Por conta disso o depoimento foi agendado para segunda-feira (11).

À época, a polícia informou que Dênis Del Anhol Marques, amigo do tio da criança e também suspeito de envolvimento no crime, estava hospedado na casa da vítima. No dia da ocorrência, Ezequiel Filho teria ido à residência após convite de Marques. Um disparo foi ouvido logo em seguida e Alana foi encontrada pela irmã mais velha com um ferimento no peito. A criança ainda foi trazida para o Hospital Universitário de Londrina, mas não resistiu ao ferimento. Após o disparo, Ezequiel Filho e Dênis Marques passaram a ser considerados foragidos.

Por enquanto, a polícia trabalha com duas hipóteses. Uma delas aponta para um disparo acidental e a outra para a participação de familiares da menina no crime. Segundo informou o delegado Vitor Dutra à época dos fatos, o padrasto da criança está preso por tráfico de drogas e roubo e o irmão dela já havia sido assassinado. Outros familiares teriam envolvimento com o tráfico de drogas.

A FOLHA conseguiu contato com o advogado Diheyson Adalberto Furlan Cunha, que defende Ezequiel Filho. Ele informou que imputa-se ao suspeito o crime de homicídio doloso, no entanto, esta qualificadora será refutada pela defesa uma vez que a morte de Alana Isabela teria sido um acidente provocado por ela própria.

“A defesa preliminar é que não há crime doloso. Eles foram, sim, negligentes e apenas incorreram no erro de deixar a arma no local e a criança acabou nem mesmo manuseando essa arma. Ela derrubou e, por um acidente, acabou ocorrendo toda essa desgraça. Ele tem interesse em dar a sua versão e se defender”, afirmou a defesa. Dênis Marques seguia foragido e não tem defesa constituída.