A Polícia Civil indiciou por tentativa de homicídio qualificado cinco pessoas que teriam atirado contra uma viatura da Guarda Municipal na madrugada do dia 2 de fevereiro. O caso aconteceu na avenida Harry Prochet, na região sul de Londrina. Segundo o inquérito, concluído nesta terça-feira (11) pelo delegado Mozart Rocha Gonçalves, os suspeitos, sendo três homens e duas mulheres, estavam em um Corsa vermelho e atirando para cima.

Imagem ilustrativa da imagem Polícia indicia cinco pessoas que atiraram contra guardas municipais de Londrina
| Foto: Reprodução/Polícia Civil

De acordo com as provas coletadas pelo delegado, quando se depararam com os dois GMs, outros tiros teriam sido efetuados. Nenhum disparo acertou os agentes. Para revidar, um deles também atirou contra o veículo. Como o grupo conseguiu fugir, os guardas iniciaram uma perseguição. Durante o acompanhamento, um revólver calibre 38 teria sido lançado pela janela do Corsa. A arma foi apreendida com três munições intactas.

Policiais militares que estavam de folga abordaram o automóvel na rua Santiago. No inquérito, os agentes informaram ao delegado que foram agredidos com socos e pontapés pelos detidos. Uma guarda municipal feminina, que participou da abordagem, também quase teve a sua arma retirada. Os ocupantes do carro só foram contidos com a ajuda de outras pessoas.

A viatura foi atingida no para-lama esquerdo e encaminhada para perícia no Instituto de Criminalística. A agente agredida apresentou na Central de Flagrantes a sua farda rasgada. Interrogados, os cinco negaram serem os responsáveis pelos disparos e ressaltaram que foram agredidos pelos PMs e guardas. Na audiência de custódia, a Justiça decretou as prisões preventivas, que valem por tempo indeterminado.

Além da tentativa de homicídio, o grupo foi indiciado por resistência e porte ilegal de arma de fogo. Uma das moças teve a detenção revogada pela juíza Deborah Penna. Ela está sendo monitorada por uma tornozeleira eletrônica. A reportagem entrou em contato com a defesa dos suspeitos, mas não obteve retorno até o momento.

Em nota de esclarecimento, a advogada Débora Manoel Ribeiro, representante judicial de três acusados vem, visa esclarecer a "distorcida informação que foi veiculada nos meios de imprensa na data de hoje [quarta-feira], vez que, não existem provas materiais dos fatos alegados, restando todas as acusações fundadas exclusivamente nas palavras dos Agentes da Guarda Municipal".

A advogada afirma que "não há até o momento provas suficientes a sustentar tal acusação, devendo prevalecer a previsão da lei maior que é a presunção de inocência, ainda mais diante das peculiaridades do caso em questão, destacando que todos são primários de bons antecedentes e ocupação lícita".

"Ademais também, deve ser observado, que as graves acusações imputadas aos cinco jovens podem ser vistas por outro ângulo, vez que os jovens foram brutalmente agredidos, estando com graves lesões por todo o corpo, inclusive um deles possui ferimentos que afetaram sua visão, e ainda quebraram os dentes de outro, agrediram inclusive as mulheres, fato este que pode e deve ser entendido pelo juízo como possível intuito de evadir-se das duras sanções da nova lei de abuso de autoridade praticada pelos agentes envolvidos na ocorrência, pois se faz evidente a criação de uma versão no mínimo fantasiosa de suposta tentativa de homicídio e agressão aos Guardas Municipais, fato que sera amplamente provado no decorrer do processo", ressalta Débora.

(Atualizada às 19h)