Desde o dia três de abril, a Polícia Civil em Londrina cumpriu seis mandados de busca e apreensão e fez um internamento contra adolescentes que planejavam ataques em escolas ou publicavam boatos para apavorar alunos e famílias. Somente na última quinta-feira (20) foram três apreensões de materiais relacionados a três jovens diferentes.

Na casa de um deles os investigadores recolheram celular, notebook e um punhal, que foi entregue pela própria mãe, que já havia recolhido o objeto. Este adolescente estava ameaçando os estudantes no colégio. Em outra residência foi apreendido o telefone de um adolescente que tinha relação com o rapaz que foi internado no Cense (Centro de Socioeducação de Londrina) no início de abril. Os materiais recolhidos passarão por perícia.

De acordo com o titular da delegacia do Adolescente, as operações são para inibir qualquer ato criminoso e desencorajar eventuais outras ações. “A Polícia Civil atua de forma muita enérgica nesses casos, com o apoio incondicional do Ministério Público e do judiciário, que foram muito céleres no deferimento dessas medidas, para que pudéssemos coletar provas para os procedimentos que estão em andamento, bem como inibir que esses atos aconteçam”, destacou o delegado Willian Douglas Soares.

O delegado também ressaltou que os pedidos de internação de adolescentes são considerados medidas extremas. “A internação é cuidadosa e necessita de maiores elementos, até para que o judiciário possa definir com mais segurança. Isso, obviamente, não é descartado, mas passa por uma análise criteriosa”, explicou.

REDE SOCIAIS

De todos os casos registrados na cidade em abril, cinco tiveram postagens em redes sociai. “A Polícia Civil tem atuado desde o princípio na investigação dos fatos relacionados à fake news, alguns de certa relevância e eventuais denúncias que chegam. Todos os fatos estão sendo devidamente apurados. Temos o setor de inteligência, não só em Londrina, mas em todo o Estado, para identificar essas supostas agressões que têm sido disseminadas”, afirmou o delegado Mozart Rocha Gonçalves.

Os sucessivos casos de violência e boatos começaram após um adolescente de 13 anos atacar o colégio que estudava em São Paulo, matando a professora, e um homem invadir uma creche, em Santa Catarina, tirando a vida de quatro crianças.

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