A Polícia Civil de Mandaguari (Região Metropolitana de Maringá) começou nesta segunda-feira (27) a ouvir pessoas que estavam na chácara em que a professora de dança, bailarina e atriz maringaense Maria Glória Poltronieri Borges foi encontrada morta. A jovem de 25 anos costumava ir a uma cachoeira localizada na propriedade rural e não retornou ao acampamento após sair para um passeio sozinha na tarde de sábado (25). O corpo foi encontrado com sinais de esganadura e com uma roupa íntima na região do pescoço na tarde de domingo (26) pela mãe e a irmã da bailarina, que foram ao local no horário combinado para buscá-la.

Bailarina, professora de dança, atriz e estudante de Artes Visuais da UEM, "Magô" era conhecida como uma pessoa doce e forte.
Bailarina, professora de dança, atriz e estudante de Artes Visuais da UEM, "Magô" era conhecida como uma pessoa doce e forte. | Foto: Reprodução Facebook

De acordo com o delegado Zoroastro Neri do Prado Filho, a proprietária da chácara e um familiar, além de um policial e da esposa dele, foram os primeiros a serem ouvidos. A proprietária da chácara confirmou que teria avisado a outros hóspedes da propriedade sobre o desaparecimento de Maria Glória e que algumas buscas foram realizadas imediatamente ainda no sábado, mas sem sucesso. No local, um grupo de cerca de 20 membros da Defesa Civil também estava hospedado para a realização de um treinamento de resgate e todos também serão ouvidos pela polícia.

“Foram em torno de 19 pessoas que participaram de um treinamento nesta chácara, tiveram contato e viram a moça, então vamos ter que ouvir sim. O coordenador e a esposa dele foram ouvidos. Ela estava ajudando nas buscas e já estamos pegando a lista de todos que estavam lá com os endereços”, confirmou o delegado.

Apesar da forte suspeita, a polícia aguarda o resultado de exames para confirmar se a jovem sofreu violência sexual, o que pode demorar cerca de 30 dias. Além disso, uma perícia será realizada no celular da vítima, que não estava com ela no momento do crime. Também de acordo com o delegado, a propriedade rural, cujo acesso é pela PR-444 e fica entre Mandaguari e Marialva, não possuía sistema de vigilância.

Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte da jovem, que era filha da proprietária de uma academia de balé muito conhecida em Maringá e estudava Artes Visuais na Universidade Estadual de Maringá. “Magô”, como era conhecida, foi definida como "uma pessoa de muita luz, força e que lutava em favor da cultura".

Dentre dezenas de postagens envolvendo o nome dela, a do prefeito de Maringá Ulisses Maia também ganhou destaque. “Hoje Maringá acordou de luto. É muito triste a morte da Maria Glória Poltronieri. Ela foi professora de ballet da minha filha Carolina. Uma excelente profissional. Meiga. Muito amada. Aos pais Maurício e Daísa e a todos os familiares: meus sentimentos e orações.”