Rio - A Polícia Civil corrigiu para 23 o número oficial de mortos resultantes da operação deflagrada na terça-feira (24) na Vila Cruzeiro. As unidades de saúde para onde os corpos foram levados vinham confirmando as mortes ao longo da semana –a última informação foi de que já havia 26 mortos. A corporação diz, porém, que três dessas mortes não ocorreram na operação da Vila Cruzeiro, mas em meio a um confronto entre traficantes no morro do Juramento, a pouco mais de 5 km do local onde houve a operação da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal.

O jornal Folha de S.Paulo obteve dois boletins de ocorrência lavrados após a operação na Vila Cruzeiro, dando conta de 18 mortes. Dez foram registradas como mortes decorrentes de intervenção policial em um suposto confronto num local conhecido como Pedra do Sapo. Doze policiais militares se declararam envolvidos nesse tiroteio. As outras oito mortes citadas em um dos boletins foram registradas como homicídio comum e se referem a corpos levados pelos próprios moradores ao Hospital Getúlio Vargas e outras unidades de saúde, que não têm meios para atestar a origem dos corpos.

Uma das mortes que aparecem nesse boletim é a de Higor Lima de Oliveira, que, segundo a Polícia Civil, não morreu na Vila Cruzeiro. A corporação identificou, até o momento, 22 dos mortos na favela após a operação.