O comandante do 5º Batalhão, tenente-coronel Nelson Villa, diz que um inquérito policial militar foi instaurado para que os fatos acerca da morte de Cristiano Rodrigues de Jesus sejam apurados pelo Poder Judiciário e explica que a PM foi acionada a ir ao Jardim Califórnia no domingo (11) pelo 190. “O chamado é gravado e descreve perfeitamente o abordado como sendo aquele que estaria traficando no local. Evidentemente, por uma questão de preservação da fonte isso será entregue de modo que não coloque o solicitante em risco”, afirma.

De acordo com ele, nas descrições do indivíduo repassadas pela Central estava o uso de tornozeleira eletrônica. “Os policiais só correram atrás dele porque ele estava com as drogas e estava armado. Agora, isso tudo vai ser apurado. São versões em tese. A versão que a Polícia passa e a dos moradores. Mas é bom que se saiba que a Polícia Militar não faz juízo de valor no sentido de condenar ninguém”, ressalta.

Sobre os disparos de tiros de borracha, Villa respondeu que imagens gravadas pelos próprios moradores mostram policiais próximos à viatura realizando abordagens e que o rapaz atingido reagia de forma agressiva, arremessando pedras e chutando as viaturas. “Ele não foi preso porque se evadiu. Vamos fazer um documento e encaminhar ao Ministério Público porque não é a primeira vez que ele faz isso. Os outros moradores não foram atingidos porque não foram agressivos com as equipes”, diz.

O inquérito sobre a morte de Rodrigues de Jesus é remetido para a auditoria militar, que é composta por um juiz e um promotor civil. Villa explica que se o juiz entender que há indícios de crime doloso praticado contra civil, ele declina da competência e remete para a 1ª Vara Criminal de Londrina.