Porto Alegre, 06 (AE) - O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul cresceu 3,1% em 1999, porcentual superior ao do nacional projetado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que, até setembro, era de zero. As informações foram divulgadas hoje pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). De acordo com a fundação, houve ainda uma expansão de 2,1% do PIB per capita, que atingiu R$ 8.317,00.
O levantamento da FEE - um órgão do governo estadual - indicou que o melhor desempenho, por setor, foi da agropecuária gaúcha. Ela avançou 11% sobre 1998. O setor de serviços subiu 2 5%, enquanto a indústria progrediu 0,9% na comparação com 1998. Os bons resultados do setor primário foram atribuídos ao segmento lavoura, consequência de maior produtividade, uma vez que a área plantada foi inferior à de 1998. Os destaques foram as culturas do arroz (crescimento de 56,6%), maçã (46,9%), uva (42,2%), trigo (40%) e fumo (29,8%). Houve queda na produção de soja (menos 32,7%) e de milho (menos 27,8%).
Na indústria, a performance de 1999 foi superior à do período pós-Plano Real (menos 1,4%), mas inferior à da média da década (3,3%).
O setor extrativo mineral melhorou 17,1%, enquanto a construção civil foi mal (menos 4,8%). O segmento de eletricidade, gás e água elevou-se 5,4%. Metalurgia, bebidas e fumo tiveram porcentuais positivos, mas mecânica e mobiliário caíram. O comércio teve desempenho ruim pelo terceiro ano seguido.
No mesmo dia, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) informou que a indústria gaúcha recuperou os postos de trabalho perdidos depois da crise cambial, ocorrida no começo de 1999. O Índice Conjuntural de Emprego Industrial (Icei) apontou um aumento de 322 empregos em 1999 na comparação com os existentes em 1998. Em dezembro de 1999, houve um crescimento de 0,08% na oferta de vagas.