PF prende 39 e desarticula quadrilha que atuava no Sul

Curitiba - A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais (Delepat), desarticulou ontem, na Operação Mercúrio, uma quadrilha armada e ligada a facções criminosas que atuava na Região Sul. Foram cumpridos 39 mandados de prisão - 18 de prisão preventiva e 21 de prisão temporária, e 50 mandados de busca e apreensão no Paraná (Curitiba, Foz do Iguaçu e Ortigueira, no Norte do Estado), Santa Catarina (Joinville) e Rio Grande do Sul (Charqueadas e São Leopoldo). Todas as ordens partiram da 1 Vara Federal Criminal de Curitiba.
Os presos vão responder por formação de quadrilha, tráfico de armas e drogas, além de diversos crimes violentos como roubos, sequestros e homicídios. Outras 16 pessoas serão indiciadas por participação nos crimes. Além de armamento pesado (fuzis e pistolas), foram apreendidos 15 veículos e aproximadamente R$ 5 milhões em dinheiro. Segundo a PF, os criminosos têm entre 25 e 35 anos, sendo alguns inclusive estudantes universitários e outros já formados.
As investigações foram iniciadas em dezembro de 2010, e foram identificadas 53 pessoas (os 39 presos na operação e mais 14 que estão entre as pessoas que serão indiciadas), organizados na quadrilha que cometeu 17 roubos de terminais de autoatendimento no Paraná e em Santa Catarina. Os bandidos ainda tem envolvimento direto no sequestro de funcionários e roubo de R$ 1 milhão de do Banco Continental, na cidade de Salto del Guairá, no Paraguai, em maio.
Os criminosos também são responsáveis pelos assaltos a 10 ônibus de turismo na BR-116 e por 10 assaltos a residências na Capital. A quadrilha ainda roubava veículos em Curitiba e Região Metropolitana além de Joinville, os quais eram clonados, tinham os chassis adulterados e utilizados para transporte de criminosos. ''Identificamos que desde 2009 os criminosos praticavam os atos violentos e em dezembro do ano passado passamos a registrar boletins de ocorrência de vítimas de furtos de veículos e de assaltos a residências. Com interceptações telefônicas e imagens de circuitos internos de TV, iniciamos os trabalhos para desarticular o bando'', explicou o delegado-chefe da Delepat, Fabiano Bordignon.