Rio, 19 (AE) - O maior acidente ecológico causado por vazamento de óleo no Rio de Janeiro ocorreu em março de 1975. O petroleiro iraniano Tarik Iba Ziyad, fretado pela Petrobrás, teve um problema no cascote e derramou 6 mil toneladas de óleo bruto na Baía de Guanabara.
A mancha se concentrou próximo à Ilha do Governador. Uma camada de 10 centímetros de espessura cobriu o mar e incendiou em alguns pontos, como no Mangue do Jequiá. As praias da zona sul ficaram poluídas e os técnicos consideraram as praias da Ribeira e da Pitangueira, na Ilha do Governador, irrecuperáveis.
A Petrobrás lançou ao mar 24 mil litros de um detergente que seria capaz de livrar a superfície do mar do óleo bruto "sem prejuízo para a fauna e a flora marinhas", apesar de ter condenado o método dois anos antes. Na ocasião, o capitão dos portos, Rafael Cunha Medeiros, estudava se multaria a Petrobrás em um salário mínimo por tonelada derramada. Depois o inquérito foi considerado em caráter sigiloso.