Agência Estado
O presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, admitiu ontem que não há recursos definidos para evitar o principal problema ambiental enfrentado hoje pela estatal: o despejo de resíduos de petróleo na Baía de Guanabara, provocado diariamente pelo sistema de resfriamento da Refinaria Duque de Caxias (Reduc).
‘‘O principal problema da Reduc do ponto de vista ambiental é o canal de resfriamento, que sai da baía, atravessa um mangue e distribui essa água salgada por todas as unidades para esfriá-las; a água depois é jogada de volta na baía, acumulando nesse processo resíduos de vários produtos com petróleo e derivados’’, disse Reichstul, após uma reunião com 13 parlamentares da bancada fluminense, na sede da estatal, no Rio.
O deputado Ronaldo Cezar Coelho (PSDB-RJ) cobrou uma solução.‘‘Esse sistema de refrigeração não é adequado e merece investimentos para que o problema, que já existe há mais de 15 anos, não continue’’, disse o deputado. O presidente da estatal acenou com uma possibilidade de solução para o problema, que vem desde a construção da refinaria, apesar do alto investimento necessário.‘‘Temos que analisar seriamente a possibilidade de fazer investimentos para a construção de uma unidade autônoma de resfriamento, sem ligação com as águas da baía, mas não começamos ainda essa negociação com Estado’’, disse Reichstul.
Na quarta-feira o presidente da estatal
deverá participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados para depor sobre o desastre ambiental.