Londres, 30 (AE) - O ministro da Educação Paulo Renato ao analisar os comentários sobre uma possível indicação do seu nome como candidato do PSDB à presidência, disse que o partido tem nomes mais "preparados" para o cargo. "Essa discussão somente deve acontecer dentro de dois anos, mas o partido tem nomes como o Mário Covas, José Serra, Tasso Jereissati. Política tem fila", disse o ministro.
Questionado se estaria na fila, o ministro disse que não. "Nunca me candidatei a nada. Estou à disposição do partido
o que ele decidir será efetuado. Posso me candidatar a um cargo de senador, ou a deputado federal, vai depender do partido", afirmou. Ele ressaltou que o Brasil precisa passar por uma reforma política. "O nosso sistema político tem mostrado tal vulnerabilidade que algo tem que ser feito", disse. "Precisamos de uma reforma eleitoral e do sistema partidário, entre outras".
Precatórios - Paulo Renato Souza disse também que o Ministério da Educação fará "o que for possível dentro do âmbito legal" para não pagar os precatórios decorrentes, em sua maioria, de decisões judiciais de natureza trabalhista. Deputados de oposição e integrantes de entidades representativas de professores e servidores universitários encaminharam ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra ele e os ministros Pedro Malan (Fazenda) e Martus Tavares (Planejamento), por falta de pagamentos de precatórios.
De acordo com o Sindicato Nacional de Docentes do Ensino Superior só o ministério da Educação deixou de repassar mais de R$ 135 milhões às instituições. Paulo Renato disse que no primeiro ano que esteve no comando do ministério, os precatórios totalizavam cerca de R$ 600 milhões de reais. "Mas com a ação de nossa procuradoria reduzimos esse valor para cerca de duzentos milhões de reais. Desde então, ano a ano, estamos reduzindo o valor para um terço", afirmou. " Vou esgotar todos os meios jurídicos para não pagar o que não é devido."