Restando pouco mais de três meses para a edição de 2023 do Enem ( Exame Nacional do Ensino Médio), a Folha de Londrina e o Colégio Marista retomam novamente a parceria para auxiliar jovens que vão fazer a prova para ingressar na universidade.

Com questões selecionadas por professores do Marista de áreas específicas do conhecimento e dicas semanais de como estudar e se preparar para conseguir aquela tão almejada aprovação, o Folha Enem retorna a partir desta segunda-feira (31).

Nilson Douglas Castilho, coordenador dos anos finais e do ensino médio do Colégio Marista, ressalta que a parceria conseguiu atingir muitas pessoas ao longo desses três anos - projeto chega em sua quarta edição. “A gente une a expertise que o colégio tem no campo acadêmico e educacional com a forma de comunicação que a FOLHA tem para atingir o máximo de pessoas possíveis”, destaca.

Confira o simulado do Caderno 1 do Folha Enem 2023 com as questões de Linguagens

Ele detalha que muitas pessoas entraram em contato para agradecer os materiais e dizer que só conseguiram estudar e ter a aprovação por conta dos cadernos de questões e das dicas. O coordenador explicou que as questões que compõem cada caderno são selecionadas ou desenvolvidas pelos professores da instituição. “Nós criamos algumas e selecionamos outras dentre as que mais geraram dificuldade nas últimas edições do Enem para preparar os alunos que estão em vias de fazer a prova”, pontua.

Novo Enem

As provas do Enem 2023 vão ser aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro. Ao todo, são mais de 3,9 milhões de inscritos, registrando um crescimento de pouco mais de 13% se comparado a 2022, que recebeu 3,4 milhões de inscrições.

Nos últimos meses, muito se falou se um novo formato de prova seria adotado a partir da edição do ano que vem da prova (Enem 2024), quando as primeiras turmas que tiveram os componentes curriculares do chamado ‘novo ensino médio’ estariam finalizando o terceiro ano.

O modelo atual de prova, que vale para o Enem 2023, é dividido por áreas do conhecimento e não há priorização de um componente curricular, sendo que todas as questões são objetivas.

Sobre o ‘novo Enem’, Castilho detalha que as mudanças no formato envolveriam um primeiro dia de provas com questões interdisciplinares e foco nas disciplinas de português e matemática. No segundo dia, os alunos poderiam optar por qual bloco de questões eles gostariam de responder, que variam de acordo com as áreas do conhecimento. Além da redação, esse modelo também previa questões discursivas, em que o aluno poderia formular uma resposta ao invés de apenas assinalar a alternativa que ele julgasse correta.

Atento ao assunto, o coordenador do Colégio Marista explica que o novo formato foi suspenso por conta da consulta pública que o governo federal disponibilizou para que as pessoas da linha de frente do ‘novo ensino médio’ opinassem sobre as mudanças. “Existem muitas críticas no entorno disso por questões políticas, educacionais e pedagógicas de implementação desses segmentos”, afirma.

Preparação dos alunos

Nilson Douglas Castilho opina que deveria haver uma mudança no formato do ensino médio por conta de muitos conteúdos que eram lecionados e não desenvolviam habilidades ou competências para a vida do aluno. Entretanto, segundo ele, muitas escolas públicas não têm condições estruturais de colocar em prática os itinerários formativos e o protagonismo do aluno, que são focos desse ‘novo ensino médio’. O coordenador afirma que essa indecisão quanto ao formato que será adotado no Enem 2024 traz uma preocupação para as escolas, inclusive as particulares, de como deverá ser a preparação do aluno.

Sobre a possibilidade de escolher qual caderno de questões responder no segundo dia, ele acha que não há problema se a escolha for baseada no curso ou carreira que o aluno deseja seguir. Entretanto, ele detalha que existem processos seletivos próprios de cada universidade, que vão continuar cobrando conteúdos de todas as áreas do conhecimento. “[Eu acho que é preciso] algo que possa alinhar esses processos seletivos no país, os vestibulares também devem ser revistos. Então é preciso ter um alinhamento entre as universidades e as formas de acesso ao ensino superior”, opina.

Foco e esforço

Ao longo das próximas semanas, a Folha Enem vai trazer muitas dicas e conselhos de professores e também quem já foi aprovado no Enem. Para começar, Castilho já deixou alguns pontos importantes que os candidatos devem saber. Com o aumento no número de inscritos, o coordenador ressalta que a palavra concorrência sempre traz uma aflição para quem vai fazer a prova, mas que o candidato deve se ver como seu próprio concorrente.

Cursos como medicina e direito sempre são muito concorridos, o que Nilson Douglas Castilho define que é necessário esforço, dedicação e também um pouco de sorte para ser aprovado. “Em boa parte dos casos, os alunos que se empenham e fazem vários processos seletivos conseguem alcançar os resultados, mas é necessário ter maturidade para entender que se não for agora, o resultado negativo é uma propulsão para que ele estude melhor para o próximo”, pontua. Além disso, ter uma rotina e estudar conteúdos que o candidato tem mais dificuldade também são pontos importantes, mas o coordenador alerta: “descanso é essencial para que o aluno consiga absorver com qualidade os conteúdos”.