Parceiro da Escola tem 4 instituições de Londrina confirmadas
As empresas Positivo, Apogeu e Salta foram escolhidas para administrar instituições estaduais de ensino
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
As empresas Positivo, Apogeu e Salta foram escolhidas para administrar instituições estaduais de ensino
Francielly Azevedo - Especial para a FOLHA

Curitiba - A cidade de Londrina terá quatro escolas com gestão terceirizada a partir de 2025. A Secretaria de Estado da Educação (Seed) divulgou nesta quinta-feira (19) a lista das 82 instituições de ensino que farão parte do programa Parceiro da Escola. A pasta também confirmou quais empresas vão administrar cada colégio.
As escolas Nossa Senhora de Lourdes, Prof. Kazuco Ohara, Dr. Willie Davids e Profª. Ubedulha C. Oliveira serão administradas pela Positivo, que é uma das instituições da iniciativa privada que foram habilitadas pela Seed.
Também vão gerir escolas no estado as empresas Apogeu e Salta. As três serão responsáveis pelas obras de manutenção e reparo da infraestrutura, serviços administrativos, além da gestão de terceirizados da limpeza e segurança.
“Nós temos uma mudança no formato. Agora o valor pago é pago por professor, ou seja, se uma escola tem um número maior de professores concursados, o valor que a empresa vai receber é menor. E tem o outro valor, que chamamos de VR1, que é o valor para compra de material de higiene, manutenção do prédio, material de limpeza e contratação de profissionais de apoio”, explicou o secretário de Educação, Roni Miranda.
As 82 escolas estão divididas em 34 municípios e passaram por consulta popular no início do mês. De acordo com a Seed, a maioria dos colégios não conseguiu quórum mínimo de 50% mais um estipulado pelo projeto. Esse é o caso, por exemplo, do Colégio Estadual Profª. Ubedulha C. Oliveira.
“São dez escolas que foram aprovadas pela comunidade escolar, duas escolas que já funcionam o modelo e 70 escolas em que não houve quórum pela consulta à comunidade. Essa decisão que a Secretaria tomou com os seguintes critérios: Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) abaixo da média do estado, escolas que tiveram Ideb que caiu em 2023 e escolas que têm frequência abaixo de 85% no ano de 2024”, disse Miranda à FOLHA.
As escolas foram agrupadas em 11 lotes distintos. A localização geográfica das instituições também foi levada em consideração.
“Os lotes foram distribuídos de acordo com a classificação das instituições que participaram. Dado o volume de escolas, restou apenas três instituições que concorreram e agora os lotes já foram distribuídos e, a partir deste momento, estamos trabalhando para a assinatura do contrato no início de janeiro”, explicou Miranda.
Os contratos devem ser assinados logo no início de janeiro para que o ano letivo de 2025 já comece com o novo formato de administração.
“Isso é algo muito importante para nós para ter um bom funcionamento. Esse é um modelo que vai dar muito certo, aliás já está dando certo em duas escolas. Agora, essas novas 80 escolas que vão entrar tenho certeza que terão sucesso”, destacou o secretário.
A lei que prevê a terceirização das escolas foi sancionada no início de junho pelo governador Ratinho Junior (PSD). A proposta passou na Alep (Assembleia Legislativa) sob protesto de professores, servidores e alunos.
“É algo que tem muita transparência. O projeto foi debatido amplamente por toda a sociedade. Toda a informação foi dada para todos os concorrentes de maneira igual”, concluiu Miranda.

