O Paraná foi escolhido para sediar a 19ª edição do maior Congresso de Bioinformática do Brasil. Organizado pela Associação Brasileira de Bioinformática e Biotecnologia Computacional (AB3C), o evento reúne pesquisadores de todo o mundo para debater assuntos relacionados à análise de dados biológicos. O evento vai ser realizado entre os dias 13 e 16 de junho no Campus da Indústria, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba.

Imagem ilustrativa da imagem Paraná vai sediar Congresso Nacional de Bioinformática em junho
| Foto: iStock

Alexandre Rossi Paschoal, professor do Departamento de Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) do campus de Cornélio Procópio e presidente da Comissão Local, explica que o evento é o mais importante da área no Brasil. Segundo ele, em 18 anos de congresso, essa é a primeira vez que uma edição será realizada em um estado da Região Sul do país. “É um marco para nós sediar esse evento”, afirma.

De acordo com o pesquisador, dentre os sete programas de pós-graduação em bioinformática do Brasil, três estão no Paraná, sendo um mestrado na Universidade Federal do Paraná e outro no campus de Cornélio Procópio da UTFPR; já o doutorado foi lançado há três anos através de uma parceria entre as duas instituições.

“A bioinformática envolve a pesquisa no agro, na saúde, na biologia, trazendo soluções computacionais e biológicas. Isso abriu o olho da AB3C, que deu a oportunidade de o Paraná sediar esse evento”, afirma.

“Se a gente tem uma vacina que foi feita de forma emergencial e a curto prazo, é graças aos métodos de análise de dados biológicos e sequenciamento genético. São métodos computacionais que precisam de matemática e estatística e quem faz a análise de tudo isso é a bioinformática”, explica.

Segundo o pesquisador, o objetivo do congresso vai além da academia e da teoria. “A gente quer discutir com o setor produtivo a possibilidade de união das nossas forças. A bioinformática está em tudo, do agro até a análise de dados clínicos e do câncer. É uma área interdisciplinar.”

Além de palestras de pesquisadores nacionais e internacionais, como de instituições como o European Bioinformatics Institute, o evento também vai contar com novidades. Paschoal conta que, além de ser uma conferência acadêmica, neste ano foi feita uma parceria com a Fiep que rendeu uma mesa redonda dentro do evento para discutir a relação entre a indústria e a academia.

Outra novidade é o “Prêmio Jovem Bioinformata”, que vai premiar as melhores teses e dissertações na área da bioinformática. As inscrições podem ser feitas até o dia 1º de maio. Outra categoria vai premiar os melhores posters de apresentação de trabalhos científicos (artigos). Nesse primeiro momento, os candidatos devem fazer a inscrição do resumo do artigo até o dia 11 de maio. Para concorrer a qualquer um dos prêmios, as inscrições devem ser feitas através do link: https://www.even3.com.br/xmeeting_bsb_2023/.

O evento contará com uma área de palestras sobre genética, que é uma parceria com a Sociedade Brasileira de Genética (SBG), assim como um simpósio no campo da biologia estrutural.

A Seti (Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) e a Fundação Araucária patrocinam o evento. Já o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) vai comandar um ideathon. “As empresas vêm com ideias e alguns grupos de estudantes e pesquisadores vão trabalhar buscando as soluções. Isso acontece durante um dia todo e, ao final, a melhor solução ganha R$ 15 mil “, explica.

Com uma expectativa de reunir mais de 250 pessoas, as inscrições para participar do evento podem ser feitas até o dia no link: https://www.even3.com.br/xmeeting_bsb_2023/. Para os quatro dias de evento, alunos de graduação pagam R$ 120; os preços variam conforme as categorias de inscrição. As atividades acontecem entre os dias 13 e 16 de junho, das 8h30 às 20h, e, ao final do evento, os participantes recebem certificados.

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