Imagem ilustrativa da imagem Paraná vai receber cilindros de oxigênio do Amazonas
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O Amazonas vai enviar 200 cilindros de oxigênio para o Paraná na Operação Gratidão, criada para retribuir às doações recebidas de todo o Brasil no mês de janeiro, quando o Estado do Norte do País passou por um colapso do sistema de saúde devido ao número de casos de Covid-19. Nesta nova fase da operação, o Amazonas vai recolher cilindros de oxigênio doados e enviar a estados que atualmente enfrentam escassez do insumo.

Segundo informações do Governo do Amazonas, o Paraná foi o primeiro a solicitar a ajuda, e 200 cilindros de 10 metros cúbicos serão emprestados ao Estado. “Fizemos verificação in loco junto às unidades de saúde, a verificação desse quantitativo de cilindros de oxigênio disponíveis para a ‘Operação Gratidão’. Diante disso, fizemos parceria com a Polícia Militar e hoje vamos iniciar esse movimento da ‘Operação Gratidão’ enviando esses cilindros de oxigênio para o estado do Paraná”, destacou o secretário executivo de Assistência da Capital da SES-AM (Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas), Jani Kenta, em nota da assessoria de imprensa.

Conforme o secretário executivo, a realização da “Operação Gratidão” só é possível devido ao equilíbrio entre a demanda e o atual consumo de oxigênio no Estado, de 18 mil metros cúbicos por dia.

O setor de logística da SES-AM faria o recolhimento dos cilindros a partir desta quinta-feira (18/03) e, na sequência, os insumos seriam encaminhados para documentação e registro de empréstimos na Gerência de Patrimônio da Secretaria, de onde seguiriam para o Paraná e outros estados de destinação.

De acordo com Cesar Neves, chefe de gabinete do Governo do Paraná, ainda não há previsão de quando os cilindros chegam ao Estado, nem de quais municípios vão receber o insumo. O transporte do Amazonas será feito pelo Exército.

Quando os cilindros chegarem, será feito um estudo para avaliar quais as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) com maior demanda para que seja feita a distribuição. O abastecimento dos cascos ficará a cargo dos municípios, que mantêm contratos com fornecedores de oxigênio.

Neves ressalta que não há falta de oxigênio no Estado. Conforme ele, todos os 63 hospitais paranaenses que são referência no tratamento da Covid-19 mantêm contratos robustos com grandes empresas fornecedoras ou possuem usinas de oxigênio. O problema é pontual em UPAs dos municípios do Paraná, principalmente os de menor porte, cujos contratos com fornecedores de oxigênio não suportaram o aumento da demanda. "As UPAs viraram mini UTIs com alto fluxo de oxigênio e não têm a estrutura de saúde, a robustez para atender a explosão de casos."

Além disso, há falta de cilindros no mercado, afirma o chefe de gabinete. "Falamos com grandes distribuidores de gases medicinais do Estado do Paraná, White Martins, Air Liquide, e todos afiançam que não tem problema de produção. O problema é no envase do tubo. Está tendo falta em território nacional do cilindro, do casco, e já estamos fazendo a gestão para que normalize."