Enquanto o Paraná ultrapassou a marca de 5 mil casos confirmados de Covid-19, Londrina confirmou 17 novos casos e três novas mortes. Ao todo, o estado registra 199 óbitos, conforme o boletim divulgado pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) nesta terça-feira (2).

Procura por atendimento na UPA do Sabará aumentou nos últimos dias
Procura por atendimento na UPA do Sabará aumentou nos últimos dias | Foto: Gustavo Carneiro

De acordo com a Sesa, 262 cidades paranaenses têm ao menos um caso positivo e 75 registram óbitos pela doença. Nesta terça-feira (2), novos óbitos foram registrados em Curitiba, Siqueira Campos, Piraquara, Londrina e Cascavel, município que registrou 63 novos diagnósticos positivos, chegando a 523 ao todo. Embora seja a segunda cidade do Paraná em número de casos confirmados, atrás apenas de Curitiba, com 1.028, Cascavel registra somente nove óbitos, segundo a Sesa.

Ao mesmo tempo, enquanto registra 452 casos confirmados de Covid-19, com menos de 3 mil diagnósticos aplicados desde o dia 28 de fevereiro - início do monitoramento no Paraná, Londrina já contabiliza 28 mortes ocasionadas por complicações em decorrência da Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Dois homens, de 59 e 77 anos, e uma idosa de 70 entraram para a lista de pacientes que não resistiram aos sintomas da Covid-19 em Londrina nesta terça-feira. De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Londrina, os dois homens permaneceram internados por quase três semanas e lutavam, também, contra outras doenças crônicas. Já a idosa havia sido internada nesta segunda-feira já com o resultado positivo para o coronavírus e teve o óbito confirmado durante a tarde desta terça.

Responsável por orientar os clientes de um supermercado de Londrina, a agente de prevenção Ana Luiza Castro, 21, procurou o atendimento no Centro de Triagem da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Sabará nesta terça. Depois de ter encarado sintomas de uma virosa e ter sido afastada do trabalho por três dias, a jovem passou a sentir dores de garganta, tontura e perda de apetite, sintomas que não são comuns para o coronavírus. Entretanto, a precaução falou mais alto. “Achei que poderia ser, por isso já vim aqui”, disse.

A reportagem esteve no centro de triagem e conversou com alguns funcionários. No local, a procura pelo atendimento vem crescendo "desde o Dia das Mães”, disse uma funcionária ouvida pela reportagem. De acordo com a profissional, em média, 60 pessoas eram atendidas por dia no local, número que subiu para até 150 ao longo do mês de maio. Questionada, a Prefeitura de Londrina informou que aproximadamente cem pessoas têm passado pela triagem diariamente e que a procura já havia sido maior antes do segundo dia mais importante para o comércio varejista.

O boletim epidemiológico também apontou que menos da metade dos 1.457 leitos do município estava ocupada nesta terça-feira, sendo que 21 leitos de enfermaria e sete de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estavam sendo utilizados para o tratamento do novo coronavírus. A maioria (270) dos pacientes já pode ser considerada curada e 126 permaneciam em isolamento domiciliar.

Questionada, a assessoria de comunicação do Hospital do Coração afirmou que ainda não recebeu nenhum paciente do SUS (Sistema Único de Saúde). Na semana passada, a Prefeitura de Londrina anunciou a contratação de 50 leitos do Hospital do Coração por 60 dias ao custo total de R$ 5 milhões para o tratamento de pacientes da rede pública diagnosticados ou com a suspeita de Covid-19.

Na Região Metropolitana de Londrina, Arapongas, Jataizinho, Rolândia e Cambé também registraram novos casos nesta terça.

O Brasil confirmou 1.262 novas mortes por Covid-19 nesta terça, um recorde, e ultrapassou a marca tétrica de 30 mil óbitos desde o início da pandemia.O recorde anterior era de 1.188 novas mortes em 21 de maio, dia em que o Brasil passou a marca de 20 mil óbitos. Ao todo, são 31.199 mortes e 555.383 casos confirmados - 28.936 novos casos registrados nas últimas 24 horas. Os dados são do Ministério da Saúde.(Com Folhapress)