Paraná se aproxima da marca de 20 mil infectados por Covid-19

O Paraná se aproxima da marca de 20 mil infectados pela Covid-19. No informe epidemiológico sobre a Covid-19 divulgado neste sábado (27), a Sesa (Secretaria de Estado de Saúde) do Paraná aponta que são 19.598 infectados pela doença no Estado e 562 óbitos. Dos 399 municípios do Estado, apenas 54 deles ainda não registraram casos da doença.

Dos que foram infectados, 4.958 pacientes se recuperaram e 684 permanecem internados em leitos SUS e particulares, dos quais 441 estão na enfermaria e 243 estão na UTI. Há ainda 15.146 casos em análise.

Há 681 pacientes em leitos de UTI, dos quais 438 suspeitos e 243 confirmados. Há outros 870 pacientes em leitos clínicos, dos quais 429 suspeitos e 441 confirmados.

Sobre a ocupação de leitos hospitalares dos 775 leitos de UTI adulto, 514 estão ocupados (66%). Dos 1.265 leitos de enfermaria adulto, 579 estão ocupados (46%). Dos 37 leitos de UTI pediátrico, 12 estão ocupados (32%). Dos 70 leitos de enfermaria pediátrico, 13 estão ocupados (19%). No Norte do Estado, dos 163 leitos de UTI adulto, 70 estão ocupados (43%). Dos 243 leitos de enfermaria adulto, 99 estão ocupados (41%). Dos 3 leitos de UTI pediátrico, um está ocupado (33%). Dos 14 leitos de enfermaria pediátrico do Norte do Estado, dois estão ocupados (14%).

As regionais de saúde de Cornélio Procópio e de Londrina são as duas com mais óbitos por 100 mil habitantes no Estado, com taxas de 13,9 e 10,3 mortes por 100 mil habitantes. A média no Paraná é de 4,9 mortes por 100 mil habitantes. A regional de saúde com a menor taxa é a de União da Vitória, com 0,6 por 100 mil habitantes. A região metropolitana de Curitiba possui uma taxa de 6,1 por 100 mil habitantes. Maringá tem uma relação de 2,6 óbitos por 100 mil habitantes.

O número de casos por semana epidemiológica na macrorregião norte se manteve estável em relação à semana anterior, com acréscimo de 2%, de 573 para 585. A região Noroeste, por exemplo, deu um salto de 73%, com 390 casos registrados na semana 24 e 670 novos casos nesta última semana. Mas o maior salto foi na região oeste, que foi de 750 novos casos para 1585, uma diferença de 11%. A região leste teve um aumento de 1080 para 1817 (+68%).

Segundo o infectologista Daniel Kakitani, o que parece é que agora a doença está presente localmente, o que não havia antes. “Isso seria a causa do aumento exponencial. A tendência agora é entrarmos na curva ascendente da doença, com dobra de casos novos a cada cinco ou sete dias na nossa região. A vigilância deve ser constante. O que provavelmente aconteceu é que a população ainda não tem conhecimento do quão perto está a doença.”

“Agora que se iniciou a transmissão em grande frequência dentro da cidade e região, como a maioria das pessoas tem sintomas leves, não dá a devida importância. Lembrando que 5% somente terão quadro de pneumonia com falta de ar e tosse importante, e apenas 1% ficarão graves e irão falecer. Agora 95% terão sintomas leves de mal estar, febre baixa e dor de garganta, que duram uma semana”, destacou.

“Uma boa quantidade de pessoas está tomando cuidado e lavando as mãos com frequência. A maioria usa máscaras e as crianças não estão em aula. Tudo isso levou a diminuição da transmissão de todas as doenças virais, sendo perceptível para o sistema de saúde, consequentemente diminuindo a velocidade de propagação da Covid-19, mas isso q leva à falsa percepção de segurança, o que leva ao afrouxamento das restrições e cuidados”, destacou.

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