A nova cepa do vírus da gripe - H3N2 - causou a morte de uma mulher em Maringá (Noroeste). O óbito é o primeiro registrado no Paraná e foi confirmado na segunda-feira (20) pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). A vítima tinha 77 anos. A cepa também chamada de Darwin tem se alastrado rapidamente em alguns estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia.

o secretário estadual de Saúde, Beto Preto surgimento de casos da Darwin tem uma relação direta com a redução da vacinação contra a influenza
o secretário estadual de Saúde, Beto Preto surgimento de casos da Darwin tem uma relação direta com a redução da vacinação contra a influenza | Foto: Geraldo Bubniak/AEN

No Paraná, são 20 casos confirmados até agora em 12 municípios - um caso de um morador de Resende-RJ foi registrado no Estado. Londrina não tem nenhum caso da nova variante de influenza. No Norte do Estado, Cornélio Procópio registrou um caso. Curitiba também tem um caso confirmado. No ano passado, apenas dois casos da nova cepa foram confirmados no estado. Em 2018, foram 364 casos desta cepa no Estado e em 2019, foram 54.

"O Paraná não está com surto de gripe e não há motivo de pânico neste momento", afirmou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, que concedeu uma entrevista coletiva no final da tarde de segunda para falar da H3N2. A nova variante apresenta sintomas como febre alta, dor no corpo e falta de apetite e pode ser confundida com sintomas da Covid-19.

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De acordo com o secretário, o surgimento de casos da Darwin tem uma relação direta com a redução da vacinação contra a influenza. Em 2021, apenas 70% da população alvo do estado foi vacinada - a meta era 90%. Em 2020, o índice de vacinados chegou a 98%.

"Diferente de anos anteriores, todos procuram agora a vacina contra a Covid e outras ficaram em segundo plano nas estratégias das famílias. Vale ressaltar agora que a recomendação do Ministério da Saúde é que não há necessidade mais de um intervalo entre a vacina da gripe e da Covid. As duas vacinas podem ser ministradas no mesmo ato", ressaltou. O Paraná tem um estoque de 700 mil vacinas contra a influenza.

Apesar da vacina contra a gripe disponível neste momento não combater a nova cepa H3N2, a orientação da Sesa é para que as pessoas se imunizem, pois o ato garante a proteção contra outras variáveis, além de ajudar na identificação de casos da Darwin. "Na vacina que irá chegar no próximo ano, teremos certamente a proteção contra a H3N2", apontou Beto Preto.

A secretária de saúde de Cornélio Procópio, Angélica Olchaneski, ressaltou a importância da vacinação e alertou para a necessidade de se manter as medidas de prevenção. "Pedimos que a população continue usando máscara, mantenha o distanciamento e o uso do álcool em gel", frisou.

COVID-19

Seguindo uma nova norma técnica do Ministério da Saúde, o Paraná vai adotar a redução do intervalo para a dose de reforço de cinco para quatro meses para quem foi imunizado contra a Covid-19 com as vacinas da Coronavac, AstraZeneca e Pfizer. Para as gestantes o prazo de cinco meses de intervalo será mantido.

Outra modificação é a diminuição do intervalo de 56 para 21 dias para a aplicação da segunda dose da vacina Pfizer. De acordo com a Sesa, o Estado tem capacidade de pessoal e de estoque de imunizantes para ampliar a vacinação dos paranaense.

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